Farelo de Trigo: chegada do inverno auxilia na demanda por farelo

Embora o aquecimento da oferta do milho safrinha do Brasil tenha gerado certa preocupação aos moinhos de trigo, de modo geral a procura por farelo segue demonstrando melhora neste inverno, o que garante a estabilidade e até mesmo aumento dos preços na grande parte das regiões acompanhadas. Confira:

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 21/07/2022 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de Mercado

A primeira quinzena de julho se encerrou com o mercado do farelo de trigo operando de forma bastante dinâmica, com alguns moinhos buscando a manutenção de preços diante do sensível aumento na procura, enquanto que outros agentes relatam estabilidade nas cotações. Essa movimentação também foi observada nesta última semana, com pouca variação de preços e comportamento em todas as regiões acompanhadas pela AF News.


Na virada do mês de junho para julho, muitos entrevistados relataram preocupação de que a safrinha de milho do Brasil que está em progresso de colheita, pudesse pressionar os preços do farelo, tendo em vista a opção da troca de formulados nas rações pelas indústrias. Contudo, na maioria dos casos, essa movimentação não se confirmou ainda ou perdeu a força.


Por outro lado, nem tudo é calmaria. Com a alta no preço do farelo na maioria das praças nas últimas semanas, provocada pela maior procura e menor ritmo de moagem para a produção de farinha, os compradores, em especial o setor de gado de leite, tem limitado as suas aquisições perante a alta dos custos e também, redução do rebanho. Isto inclusive, é um dos fatores que fizeram o preço do leite saltar nas prateleiras nos últimos dias (a sua menor produção).


Paralelamente, o mercado do farelo de trigo segue acompanhamento o ritmo de plantio e desenvolvimento nas principais regiões produtoras do país, assim como no exterior, tendo em vista que este cenário pode e deve influenciar nos preços do farelo no decorrer dos próximos meses.


FARELO DE TRIGO POR REGIÃO (preços a retirar-FOB)


No OESTE DO PARANÁ preços de negócios entre R$ 1.250/ton a R$ 1300/ FOB no granel e no ensacado preço médio de R$ 1.320/ton FOB.
No NORTE DO PARANÁ os preços praticados no granel foram entre R$ 1200/ a 1300/ton FOB, e no ensacado preço médio de R$ 1.300/ton FOB.
Na região de CURITIBA-PR, a cotação ficou em R$ 1.100/ton a R$ 1200/ton FOB diferido no granel. No ensacado preço médio ficou em R$ 1.250/ton FOB.
Nos moinhos da grande SÃO-PAULO-SP os preços praticados no granel ficaram em torno de R$ 1150/ton FOB a R$ 1250/ton FOB diferido, e o ensacado ficou em R$ 1.250/ton FOB.
Nos moinhos do RIO GRANDE DO SUL, os preços em Porto Alegre a granel foram negociados entre R$ 1200 a R$ 1300/ton FOB. No ensacado, volumes de negócio a R$ 1.300/ton FOB. Em Caxias do Sul volumes a granel negociados entre R$ 1.150/ton a R$ 1.300/ton FOB. No ensacado, os preços praticados foram em média de R$ 1.300/ton FOB.
Em SANTA CATARINA, na região de Mafra volumes de negócios no granel entre R$ 1100/ton a R$ 1280/ton FOB e no ensacado na média de R$ 1.250/ton FOB. No Oeste catarinense, negócios no granel entre R$ 1.150/ton e R$ 1.250/ton FOB e no ensacado a R$ 1.300/ton FOB.

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