Fatores Climáticos: Ciclone extratropical traz rajadas de vento de 100 km/h

Padrão de chuva muda em agosto, mas projeções para setembro ainda não garantem regularização da umidade para o plantio

Tempo de leitura: 4 minutos

| Publicado em 10/08/2022 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de Mercado

Uma frente fria, associada a um ciclone que vai se intensificar na costa sulista, vai continuar organizando a umidade da Amazônia sobre o Centro-Sul do país. Assim, ela manterá o potencial para chuvas na região Sul, em parte do Sudeste e do Centro-Oeste nesta quarta-feira (10). São esperados volumes bastante expressivos de água entre o nordeste do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul e leste do Paraná. Nessas áreas, a chuva poderá vir acompanhada de ventania e até eventual queda de granizo.

Áreas litorâneas de Santa Catarina e Paraná podem receber mais de 100 milímetros até o fim desta quarta-feira. A chuva chegará com moderada intensidade a São Paulo e Mato Grosso do Sul. A previsão da Climatempo indica que choverá de forma mais isolada e fraca em pontos como: sul do Rio de Janeiro, sul de Minas Gerais, Triângulo Mineiro, extremo sul de Goiás e sul e oeste de Mato Grosso. No sul paulista, o volume pode chegar a 70 milímetros, sendo que as rajadas de vento na costa da região Sul podem alcançar 100 km/h.

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Na retaguarda desse sistema frontal, uma massa de ar de origem polar passa a atuar no centro-sul do país, provocando declínio acentuado das temperaturas e provocando risco para ocorrência de geadas no Rio Grande do Sul e no centro-sul do Paraná nas madrugadas de quinta (11) e sexta-feira (12). Depois da passagem do ciclone extratropical, entre as regiões Sudeste e Centro-Oeste, as temperaturas terão um declínio acentuado, mas o risco para geadas é baixo.

Ciclone e avanço da frente fria

A frente fria, que avança pelo Centro-Sul, aliada a umidade da Amazônia, também ajuda a espalhar instabilidades em Rondônia e no Acre. As instabilidades, associadas ao calor e a umidade da Amazônia, provocam chuvas também sobre grande parte do Amazonas e da faixa setentrional da região Norte. São esperados mais de 80 milímetros nos próximos sete dias entre o extremo oeste do Amazonas e Roraima.

Nesta semana, as instabilidades perdem um pouco de força sobre a faixa leste do Nordeste, mas, a partir do início da próxima, elas voltam a se intensificar — principalmente no leste da Bahia, onde estão previstos maiores volumes de água. O tempo seco e as altas temperaturas continuam predominando no interior do Matopiba.

Chuvas nos próximos dias

A partir do próximo fim de semana há previsão para o avanço de uma nova frente fria pelo Centro-Sul. Dessa vez, porém, o sistema virá de forma organizada, provocando chuvas de moderada intensidade sobre os três estados do Sul e na área de divisa entre Mato Grosso do Sul e São Paulo. Os episódios podem chegar de forma mais isolada, mais uma vez, até o sul de Minas Gerais, sul de Goiás e partes de Mato Grosso.

A umidade do solo tende a aumentar nas próximas semanas entre o Paraná, partes do Centro-Oeste e do Sudeste. No entanto, a chuva ainda não se regulariza e não deve se manter frequente durante o próximo mês, início do plantio da safra de verão.

Ao longo de setembro ainda são esperados períodos secos e altas temperaturas, que podem ser prejudiciais à fase de florada de citrus e café. As chuvas vão continuar frequentes sobre a faixa leste do Nordeste e no extremo norte do país, além de se espalharem mais pelo meio oeste do Amazonas e entre Rondônia e Acre. Nesses dois últimos estados, onde não é comum chover frequente neste mês, os volumes podem ficar acima da média.

Fonte: Inmet
Fonte: Agritempo
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Canal Rural

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