A tecnificação da agropecuária brasileira tem um papel fundamental para a descarbonização da atividade, destacou em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais, Antônio Pitangui de Salvo, que está participando da COP28, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Dubai.
Em um evento paralelo à conferência, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) que abordou a descarbonização no setor industrial, Salvo afirmou que a agricultura brasileira tem um histórico de sustentabilidade e que está trabalhando para reduzir ainda mais suas emissões de gases de efeito estufa.
“A agricultura brasileira é uma agricultura ímpar, criada dentro do Brasil com todo o pacote tecnológico brasileiro”, disse Salvo.
“Nós temos uma agricultura regenerativa que sequestra carbono e que melhora o ar de todo mundo”, complementou.
Transformação produtiva
O presidente da Faemg destacou a importância da tecnificação da agricultura para a descarbonização. “Precisamos levar essa assistência técnica, precisamos levar tecnologia para nossos produtores”, disse. “A Embrapa já nos provou que você tendo mais tecnologia você sequestra mais carbono, você tem uma sustentabilidade maior, mas mais do que isso produz também mais alimentos com mais margem de lucro.”
Salvo também ressaltou a importância da participação dos produtores rurais em eventos internacionais como a COP 28. “Nós precisamos sair um pouco das porteiras das nossas fazendas para que a gente entenda o que o mundo está querendo e precisando”, disse. “Precisamos voltar pro Brasil mostrando o que nós estamos fazendo de positivo.”
Preservação ambiental
Salvo também destacou a importância da preservação ambiental para a agropecuária brasileira. “O Brasil tem 66,3% do país preservado com vegetação original, dos quais 33% nas propriedades rurais”, disse.
“Precisamos continuar mostrando a verdadeira face dessa agricultura ímpar no mundo, de tecnologia nossa, graças ao nosso pessoal, à nossa inteligência, e que descarboniza”, disse Salvo. “Se continuarmos assim, sabendo que o mundo precisa se alimentar, seguimos fazendo o nosso papel, que está sendo muito bem feito. Fazendo a descarbonização, vamos manter esses 66% do país preservado.”