Suspensão de cinco exportadores brasileiros de soja pela China durará 2 meses, diz autoridade brasileira

As exportações brasileiras de soja devem aumentar nas próximas semanas, à medida que mais da safra colhida for movida para o mercado.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 27/01/2025 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

A suspensão, pela China, no início deste mês, das exportações de soja brasileira de cinco empresas, após as cargas não atenderem aos requisitos de sanidade vegetal, durará dois meses, disse uma importante autoridade agrícola brasileira à Reuters na sexta-feira.

O Brasil é o maior exportador de soja para a China, que é o maior importador do mundo. Agricultores e exportadores brasileiros competem com seus pares nos Estados Unidos pelo mercado chinês.

A China suspendeu as importações das cinco empresas em 8 e 14 de janeiro após as cargas não atenderem aos padrões de importação chineses. As cinco unidades suspensas fazem parte de operações que representaram mais de 30% das mais de 73 milhões de toneladas métricas de soja que o Brasil exportou para a China em 2024. No entanto, outras unidades das mesmas empresas não foram suspensas.

O Ministério da Agricultura está investigando a questão e enviará esclarecimentos à China no devido tempo, disse Luis Rua, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, à Reuters na sexta-feira.

Rua não sabia o número de cargas envolvidas, nem sua origem, mas disse que apenas um pequeno volume estava envolvido.

As cinco unidades eram apenas uma fração das 1.700 unidades brasileiras autorizadas a exportar soja para a China, disse ele.

As exportações brasileiras de soja devem aumentar nas próximas semanas, à medida que mais da safra colhida for movida para o mercado. O Brasil vende cerca de três quartos de suas exportações de soja para a China.

As empresas afetadas pelas suspensões tiveram uma reunião com autoridades do governo em Brasília na quinta-feira, de acordo com a Anec, uma associação brasileira que representa comerciantes globais de grãos. A Anec se recusou a nomear as empresas ou dar mais detalhes.

As cinco empresas com unidades suspensas foram as comerciantes globais Cargill, ADM (ADM.N), Olam (OLAG.SI), e as empresas brasileiras C.Vale e Terra Roxa. A Cargill e a ADM não fizeram comentários imediatos sobre a reunião. A Terra Roxa não quis comentar.

A suspensão temporária afetou apenas uma das unidades da C.Vale, disse um porta-voz da C.Vale, acrescentando que outras unidades poderiam continuar exportando.

A soja provavelmente foi exportada do porto de Paranaguá, devido aos transportadores envolvidos, disse um trader de grãos.

A autoridade portuária de Paranaguá informou que não recebeu nenhuma comunicação oficial indicando que algum navio que tenha partido de Paranaguá esteja sob suspeita em portos chineses.

Reuters

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