Com a oferta de boiadas diminuindo, o mês de setembro começou com alta para os preços do boi gordo no mercado físico. “Dessa forma, as escalas de abate apresentaram o menor nível em seis meses, chegando a sete dias úteis, reforçando a ideia de uma oferta que se encurtou na última semana”, disse a Agrifatto em nota.
Dados da Scot Consultoria mostram que os valores do boi gordo e da vaca subiram R$ 2 por arroba, para R$ 240 e R$ 217 por arroba, respectivamente. A cotação da novilha permaneceu estável em relação ao fechamento de sexta-feira (30/8), comercializada, portanto, a R$ 230 por arroba em São Paulo.
O “boi China”, gado com características específicas para produção de carne que será exportada para os chineses, está sendo comercializado a R$ 245 por arroba, com ágio de R$ 5 por arroba comparado ao animal convencional. Todos os preços apurados pela Scot são brutos e a prazo.
Além de São Paulo, regiões produtivas de Mato Grosso do Sul, Bahia, Paraná e Rondônia também tiveram avanços nas cotações do boi gordo.
Em Mato Grosso, levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) mostra que, após 28 meses consecutivos de quedas no comparativo anual, o preço do boi gordo registrou a primeira alta em agosto. Assim, a arroba bovina fechou o mês passado com avanço de 6,61% comparado a agosto de 2023.
“Essa valorização se deve à redução na participação de fêmeas nas indústrias do Estado, que resultou no aumento nos preços do gado gordo, especialmente da vaca”, afirmou o Imea em relatório.
Agora, a perspectiva do instituto é que os preços do boi gordo iniciem um movimento de recuperação em Mato Grosso. “Cabe ressaltar, no entanto, que esse movimento não impede baixas pontuais no curto prazo”, informou.