Procura por grãos dos EUA cresce e puxa alta do preço em Chicago

A soja avançou mais de 1% também diante de revisões para a safra na Argentina.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 14/03/2025 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

Os dados de oferta e demanda de EUA e Argentina foram determinantes para a formação de preço da soja e do milho na bolsa de Chicago nesta quinta-feira (13/3). A soja fechou em alta de1,02%, com o papel para maio precificado a US$ 10,1075 o bushel.

A soja avançou, primeiramente, diante de dados favoráveis para a demanda dos EUA. As vendas líquidas da oleaginosa alcançaram 751,7 mil toneladas na semana que terminou em 6 de março, quantidade acima das 352,9 mil vendidas na semana imediatamente anterior, disse o Departamento de Agricultura dos EUA.

Na Argentina, o clima quente e seco prejudicou o desenvolvimento da safra 2024/25. Diante disso, a Bolsa do Comércio de Rosário reduziu de 47,50 milhões de toneladas para 46,50 milhões sua estimativa para a colheita no país vizinho.

Além da seca, as chuvas em abundância prejudicaram a reta final de desenvolvimento da soja argentina.

O excesso de água deixou áreas que não poderão ser colhidas no sudoeste de Buenos Aires, aumentando as estatísticas de lavouras não colhidas, podendo chegar a 400 mil hectares de soja em Buenos Aires que não serão colhidos, disse, em nota, Cristian Russo, da Guia Estratégica para o Agro (GEA).

No país todo, o número chega a 1,3 milhão de hectares de soja que não serão colhidos.

Milho

O milho avançou em Chicago, também puxado pelo aumento da demanda nos EUA. Os lotes para maio fecharam em alta de 0,98%, para US$ 4,6525 o bushel.

As vendas líquidas de milho nos EUA somaram 967,3 mil toneladas na semana do dia 6, levemente acima das 909,1 mil registradas na semana imediatamente anterior. No momento, os EUA são a opção de compra mais viável dos importadores internacionais, enquanto o Brasil ainda está finalizando o plantio de sua safrinha.

Os mais recentes prognósticos de safra na Argentina também deram o tom positivo para as cotações. A Bolsa do Comércio de Rosário reduziu de 46 milhões de toneladas para 44,5 milhões sua estimativa para a colheita no país em 2024/25.

Trigo

O trigo subiu na bolsa, também com o crescimento da demanda pelo produto dos Estados Unidos. Os lotes para maio fecharam em alta de 1,53%, a US$ 5,6250 o bushel.

As vendas de trigo americano aumentaram para um volume acima do esperado. Segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), o país negociou 783,4 mil toneladas na semana encerrada em 6 de março, acima das 338,7 mil toneladas da semana anterior. A expectativa de agentes de mercado era para um volume de, no máximo, 650 mil toneladas.

Globo Rural

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