Pelo segundo mês consecutivo, o índice de preços dos alimentos, medido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), ficou estável. Em julho, o indicador registrou 120,8 pontos, ligeiramente abaixo do nível revisto para junho, de 121 pontos. Em comparação a julho de 2023, o índice caiu 3,1%.
No mês, os preços mais elevados do óleo vegetal, da carne e do açúcar compensaram os preços mais baixos dos cereais, apontou a entidade.
O indicador para cereais ficou com 110,8 pontos, queda de 4,4 pontos ou 3,8% em relação a junho. Segundo a FAO, os preços médios do trigo caíram devido à maior oferta da safra de inverno do hemisfério norte, e o mesmo aconteceu com o milho devido ao aumento das exportações do Brasil e Argentina.
Os preços dos produtos lácteos permaneceram inalterados em julho, com 127,7 pontos.
Os valores médios para carne, por sua vez, subiram 1,2% no mês (ou 1,5 ponto), para 119,5 pontos. “A forte procura por carne ovina, bovina e de aves impulsionou o aumento, enquanto os preços da carne suína caíram ligeiramente devido a um excesso de oferta na Europa Ocidental”, escreveu a FAO, em relatório.
Os preços do óleo vegetal subiram 2,4% (3,2 pontos), para 135 pontos, fixando-se no ponto mais alto desde fevereiro de 2023. O aumento foi impulsionado pelos preços mais elevados dos óleos de palma, soja, girassol e colza.
Já os valores médios do açúcar tiveram alta de 0,7% (0,8 ponto) em julho, para 120,2 pontos, uma vez que uma colheita brasileira abaixo do esperado compensou a melhoria das chuvas de monções na Índia e as boas condições climáticas na Tailândia.