Preços do petróleo caem enquanto mercados avaliam riscos de oferta após ultimato de Trump à Rússia

Os Estados Unidos também alertaram a China, maior compradora de petróleo russo, que ela poderia enfrentar tarifas enormes se continuasse comprando.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 30/07/2025 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

LONDRES, 30 de julho (Reuters) – Os preços do petróleo caíram ligeiramente na quarta-feira, enquanto os investidores aguardavam os desdobramentos do prazo mais apertado do presidente dos EUA, Donald Trump, para a Rússia encerrar a guerra na Ucrânia e suas ameaças tarifárias aos países que comercializam seu petróleo.

Os contratos futuros mais ativos do petróleo Brent recuaram 17 centavos, ou 0,24%, para US$ 71,52 o barril às 08h39 GMT, enquanto o petróleo bruto West Texas Intermediate, dos EUA, caiu 11 centavos, ou 0,14%, para US$ 69,12.

O contrato de setembro do petróleo Brent, que vence na quarta-feira, caiu 11 centavos, ou 0,15%, para US$ 72,40.

Ambos os contratos foram liquidados na terça-feira em seu maior valor desde 20 de junho.

Trump disse na terça-feira que começaria a impor medidas à Rússia, como tarifas secundárias de 100% aos parceiros comerciais, se o país não fizesse progressos no fim da guerra dentro de 10 a 12 dias, em vez do prazo anterior de 50 dias.

China e Índia são os principais beneficiários do petróleo bruto russo, sendo esta última mais vulnerável, disse o analista da PVM Associates, John Evans, em nota.

“Será necessário obter petróleo alternativo e, embora a Arábia Saudita e seu grupo da OPEP estejam mais do que dispostos e aptos a suprir essa demanda, o tempo que leva para resolver o atraso dará outro impulso à força dos preços no curto prazo”, acrescentou Evans.

Analistas do JP Morgan escreveram que, embora seja improvável que a China cumpra as sanções dos EUA, a Índia sinalizou que o fará, o que pode afetar 2,3 milhões de barris por dia (bpd) de exportações de petróleo russo.

“É possível que o prêmio de risco de oferta de US$ 4 a US$ 5 por barril injetado nos últimos dias se mantenha, a menos que Putin faça uma ação conciliatória”, disse Vandana Hari, fundadora da Vanda Insights, provedora de análise de mercado de petróleo.

Os Estados Unidos também alertaram a China, maior compradora de petróleo russo, que ela poderia enfrentar tarifas enormes se continuasse comprando, disse o secretário do Tesouro, Scott Bessent, em uma entrevista coletiva em Estocolmo.

O analista do Barclays Amarpreet Singh, no entanto, não espera que os barris russos saiam do mercado tão cedo.

Os baixos preços da energia têm sido uma prioridade para o governo Trump, e a Rússia, contornando as sanções ocidentais desde a invasão da Ucrânia, tornou suas exportações resilientes ao mecanismo de teto de preços, disse Singh.

Reuters

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