Preços do boi gordo seguem lateralizadas no estado do Mato Grosso

IMEA destacou que preços apresentam dificuldade para sair da casa dos R$ 207,64/@.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 07/02/2024 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

No estado do Mato Grosso, as referências para o mercado do boi gordo seguem lateralizadas, apresentando dificuldade para sair da casa dos R$ 207,64/@, e tiveram ajuste positivo de 0,14% na última semana. De acordo com o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA),  as escalas de abates reduziram 1,27% no comparativo semanal, e fecharam na média de 10,89 dias úteis, motivado pelo baixo apetite das indústrias na compra de novos lotes.

Ainda de acordo com o instituto, o aumento na demanda pela proteína bovina no início do mês, o dianteiro com osso do boi foi cotado a R$ 13,17/kg, incremento semanal de 1,28%.

No estado, o ágio da arroba do boi magro sobre a arroba do boi gordo atingiu, em jan/24, média de 10,67%, redução de 3,38 p.p. ante a jan/23. Por outro lado, o ágio da arroba da novilha sobre a arroba da vaca gorda é ainda menor, e em jan/24 ficou em 4,38%, menor ágio para o mês de janeiro desde 2021, com redução de 10,06 p.p. ante a jan/23.

“Esse recuo foi consequência da maior desvalorização nos animais de reposição, tendo em vista o excesso de oferta dessa categoria em MT. Para se ter ideia, a novilha saiu de R$ 264,62/@ em jan/23 para R$ 196,46/@ em jan/24, queda de 25,76% no comparativo mensal, ao passo que a arroba da vaca gorda reduziu 18,60% no mesmo comparativo”, comentou o IMEA em seu relatório. 

O instituto ainda destacou que o cenário de “congelamento” nos preços do boi gordo no último mês contribuiu com a melhora na relação de troca da reposição, favorecendo, principalmente, recriadores e invernistas no aumento do plantel.

Produção de Carne Bovina

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que o Brasil deve produzir 10,84 milhões de toneladas de carne bovina em 2024, isso representa um crescimento de 2,06% frente ao ano anterior.

A expectativa é que os Estados Unidos siga sentindo os efeitos da seca na região oeste do país, que reduziu a disponibilidade de pastagem e elevou o custo com alimentação. Com isso, o departamento projetou uma redução de 3,15% na produção de carne estadunidense neste ano, com volume final de 11,90 milhões de toneladas de proteína.

Ainda, além da seca, o intenso abate de bovinos nos últimos anos refletiu na estimativa de menor rebanho do país desde 1960, com 87,80 milhões de cabeças projetadas para 2024. Para suprir a demanda interna, o país deverá reduzir as exportações em 7,61% e aumentar as importações em 1,66%.

Segundo o Imea, esse cenário pode favorecer as exportações mato-grossenses, visto que em 2023 o país norte-americano aumentou 5,78% no volume de compras do estado.

Notícias Agrícolas

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