Em apenas três dias úteis do mês, as cotações das principais categorias de bovinos tiveram altas relevantes. O boi gordo e o “boi China”, animal com condições específicas para produção de carne que será exportada ao mercado chinês, acumulam ganhos de 2% nos preços em setembro, segundo dados da Scot Consultoria.
As fêmeas também estão mais valorizadas. O preço da vaca gorda acumulou avanço de 1,4% até quarta-feira (4/9), enquanto a novilha já soma alta de 2,2%. O levantamento indica as cotações em São Paulo, Estado considerado referência.
“As escalas de abates no Estado vêm diminuindo gradativamente, com uma média, para a primeira semana de setembro, de sete a oito dias, reflexo da oferta enxuta de boiadas”, disse a consultoria em nota.
Hoje, foram registradas altas de R$ 5 por arroba para o “boi China” e para o boi gordo, na variação diária. Com isso, os preços brutos destes animais passaram a R$ 250 e R$ 245 por arroba a prazo, respectivamente.
“Com boiadas ofertadas, em sua maior parte oriundas de confinamento, vêm ocorrendo um estreitamento do ágio do ‘boi China’ versus boi para o mercado interno”, ressaltou a Scot.
Para as fêmeas, a alta diária foi de R$ 3 por arroba, levando o valor da vaca para R$ 220 e da novilha a R$ 235 por arroba. Das 32 praças pecuárias mensuradas pela Scot, 19 tiveram valorização nos preços da arroba do boi gordo.
A consultoria Agrifatto destacou que o otimismo também prevalece no mercado futuro. Na B3, o contrato do boi gordo com vencimento para novembro de 2024 indicou um acréscimo de 0,78% na terça-feira (3/9), cotado a R$ 257,70 por arroba.