O mercado de fertilizantes no Brasil começou 2024 com preços melhores ao produtor, depois de oscilações vivenciadas ao longo de 2022 e no primeiro semestre de 2023. Em janeiro, os valores de produtos formulados e do nitrato de amônio, um dos principais adubos utilizados no cultivo de grãos, caíram 34% e 40,8%, respectivamente em relação a janeiro de 2023.
As quedas expressivas foram registradas na última semana pelo Departamento Econômico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) com base nos dados do Projeto Campo Futuro, da Confederação Nacional da Agricultura (CNA/Esalq-USP).
Ao registrar diversos formulados de fertilizantes, o mapeamento considera o teor de macronutrientes, como nitrogênio, potássio e fósforo (pacote NPK) contido nos produtos. Essas matérias-primas são commodities e variam no mercado internacional, influenciadas por fatores de mercado e geopolíticos.
Os preços dos diversos formulados ficaram, em média, 29% menores em relação aos valores praticados ano passado, com as reduções variando entre 24,2% e 34%.
No entanto, na contramão dos recuos, o gamit, um dos principais herbicidas usados nas lavouras brasileiras, aumentou 36,9% em janeiro. Porém, esse produto vem em movimento de queda desde o ano passado. Com isso, o valor praticado no mês passado é 90,6% inferior ao custo repassado ao produtor em janeiro de 2023, registrou o relatório.
Segundo a Faesp, os produtos biológicos tiveram uma elevação de 5,5% entre janeiro de 2023 e janeiro deste ano.
Os preços de rações e suplementos também apresentaram queda. O concentrado para engorda caiu 34,7% em janeiro deste ano se comparado ao mesmo período de 2023, informou o relatório.