O mercado de fertilizantes seguiu com os preços acelerados nos últimos dias, atingindo em meados de junho os maiores valores do ano. O preço da ureia (fonte de nitrogênio) no porto saltou em junho, enquanto, a demanda por potássicos segue fraca, resultando em preços estáveis para o nutriente. Os dados são do último relatório do Itaú BBA.
“Para os nitrogenados, o principal fundamento da alta está na restrição de oferta do Egito, um importante fornecedor global do nutriente e que tem sofrido coma escassez de gás natural, matéria-prima para a fabricação da ureia. Apesar
dos egípcios não figurarem entre as principais origens de ureia para o Brasil, desde a restrição à produção imposta
pelo governo local, em 20/mai, o preço da ureia CFR Brasil apresentou alta de 18%, saindo de USD 305/t para USD 360/t
em 28/jun. Além disso, a China também restringiu as suas exportações do nitrogenado”, disseram os analistas.
Ainda segundo análise, é esperado um aumento de demanda nos próximos meses, por conta do já anunciado leilão de aquisições da Índia. Já a elevação dos preços do MAP, tem relação com fundamentos em questões externas, além do atraso das importações brasileiras. “Com o governo da China restringindo as exportações de MAP, o mercado internacional ficou com menor volume ofertado. Além disso, as importações de MAP do Brasil do início do ano até maio de 2024 ficaram 30% abaixo do mesmo período do ano passado.”
A proximidade da safra de verão (que começa nos próximos meses), gerou um senso de urgência nos compradores brasileiros, levando ao aumento de preços no Brasil. Segundo analistas do Itaú BBA, o potássio (K) segue com comportamento de preços mais estável entre os macronutrientes. A estabilidade de oferta nos grandes exportadores mundiais garante o fluxo contínuo do produto. “Do lado brasileiro, os bons volumes da importação devem garantir a disponibilidade para o produtor”, disseram.
