As cotações do algodão no mercado brasileiro registraram, em setembro, o quarto mês consecutivo de baixa, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Depois de atingir, em maio, o maior patamar deste ano, a média da pluma vem recuando desde então. No mês passado, as cotações alcançaram o menor patamar real desde fevereiro de 2015.
Dados do Cepea mostram que a média do indicador Cepea/Esalq em setembro caiu 6,6% frente à de agosto e ficou 8,26% inferior à de setembro de 2024, sendo a também menor desde fevereiro de 2015 (R$ 3,5416 a libra-peso), em termos reais (IGP-DI de agosto). Nesta terça-feira (30/9), a cotação ficou em R$ 3,6552 a libra-peso, acumulando um recuo de 6,44% em setembro.
Além das desvalorizações externas, outra influência para a queda das cotações da pluma é a perspectiva de produção recorde na safra 2024/25, que está praticamente concluída.
Pesquisadores do Cepea destacam que esse cenário mantém elevada a disponibilidade de algodão no mercado spot nacional, levando alguns vendedores a ficar mais flexíveis nos valores pedidos. Já compradores ativos seguem ofertando preços ainda menores.