Preço do café volta a ganhar fôlego em Nova York

Contratos futuros avançaram mais de 2% nesta terça-feira diante de ajustes técnicos.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 12/03/2025 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

Ajustes técnicos direcionaram a alta do café na bolsa de Nova York na sessão desta terça-feira (11/3). Os contratos para maio se valorizaram após três quedas consecutivas, e avançaram 2,54%, para US$ 3,9375 a libra-peso.

Além de fatores técnicos, análise da Barchart aponta outros impactos secundários para a formação de preços do café nesta terça, como a redução das chuvas em áreas produtoras em Minas Gerais, e a fraqueza do dólar no exterior, que tende a despertar o interesse em ativos considerados de risco para o mercado financeiro, como é o caso do café.

A tendência de longo prazo para o grão se mantém de preços em alta, com a continuidade das preocupações com a oferta brasileira e demanda ainda resiliente pelo produto.

Suco de laranja

O preço do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) segue em queda livre na bolsa de Nova York. Mesmo com uma baixa de 5% na véspera, os papéis para maio fecharam em baixa de 1,73%, cotados a US$ 2,7850 a libra-peso.

Cacau

O cacau fechou com preços em queda, pautado por realização de lucros dos investidores. Os contratos com entrega para maio caíram 1,52%, cotados a US$ 8.302 a tonelada.

Açúcar

O açúcar recuou em Nova York após uma alta de quase 3% na véspera. Os lotes do demerara para maio, os mais líquidos, fecharam em queda de 0,95%, a 18,67 centavos de dólar por libra-peso.

Algodão

O algodão fechou com preços estáveis em Nova York, mesmo com a indicação de aumento na oferta global. Os papéis para maio ficaram precificados a 66 centavos de dólar a libra-peso.

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção mundial da pluma deve chegar a 26,34 milhões de toneladas em 2024/25, leve aumento de 0,4% em relação à estimativa do mês anterior. Os embarques devem subir 0,5%, para 9,3 milhões de toneladas.

Apesar de o órgão ter revisado para cima as estimativas globais em relação ao mês anterior, manteve os números de produção do Brasil e dos EUA.

A produção brasileira está projetada para 3,7 milhões de toneladas. Mas para as exportações da pluma, o USDA prevê um aumento de 1,6%, para 2,83 milhões de toneladas.

Nos EUA, por sua vez, a expectativa de colheita permaneceu em 3,14 milhões de toneladas. Os números de exportação também se mantêm e devem totalizar 2,39 milhões, segundo o órgão americano.

Globo Rural

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