Mais um dia de oportunidades para os produtores de café que tentam fechar contratos futuros depois de preços elevados na semana passada. Porém, a abertura de Nova York, nesta segunda-feira (15/7), mostra o arábica desvalorizado em 1,13%, cotado a US$ 2,4595, que ainda é um patamar acima do praticada em maio, e revela realização de lucros dos investidores.
Marcus Magalhães, sócio da consultoria MM, especializada no grão, explica que o Brasil vem passando por momentos “muito complicados no coração produtivo do país”, sem previsão de chuva para a próxima quinzena de julho. “Ou seja, haverá muita ansiedade no café. Se não houver chuva até agosto, isso pode prejudicar a saúde das lavouras, afetando o próximo ciclo produtivo”, diz.
Para o especialista, o segmento passa por um momento “desafiador”, tentando equilibrar estoques e financiar a cadeia, o que pode levar a um impulso de recompras nos próximos meses, mantendo a commodity em um campo positivo.
No Brasil, até o dia 9 de julho, a colheita alcançava 66%, e, apesar de cafeicultores indicarem um menor peso e peneira baixa – que indica o tamanho do grão já seco -, o que vem suportando a alta é o preço elevado do robusta na bolsa de Londres. O clima ainda prejudica a safra no Vietnã.