As chuvas chegaram aos parques cafeeiros do Brasil e ajudaram a pressionar o preço do café na manhã desta segunda-feira (21/10), onde os contratos com vencimento para dezembro operam a US$ 2,4880 a libra-peso, depreciação de 3,30%.
Mesmo com as expectativas ruins dos cafeicultores sobre o volume colheita da safra 2024/25 e 2025/26, o índice pluviométrico serviu para uma derrubada nas cotações, que saíram da régua de US$ 2,50 a libra-peso, o que não acontecia desde agosto, segundo métricas do Valor Data e da Trading Economics.
A consultoria também indica que é um momento do mercado realizar lucros e tentar atenuar volatilidades marcantes. “O café aumentou US$ 60,69 por libra-peso ou 32,23% desde o início de 2024, de acordo com a negociação de um contrato por diferença (CFD) que acompanha o mercado de referência para esta mercadoria. Historicamente, o Café atingiu o máximo histórico de 339,86 em abril de 1977”, aponta o boletim desta manhã.
No entanto, a dúvida é se o tanto de chuva previsto ainda para a semana será suficiente para recuperar o déficit hídrico das plantas, conforme relataram produtores em redes sociais de cotação do grão.
Já as negociações do cacau, com mesmo prazo de vencimento, teve um movimento de alta de 0,50%, com lotes precificados a US$ 7.487 a tonelada. As incertezas no clima das regiões produtoras na África Ocidental, que responde pela maior parte da produção mundial, refletem no aumento dos futuros da amêndoa sob temor de uma colheita menor global.
No campo positivo também está o algodão com vencimento para março de 2025, cujos contratos mais negociados operam a 71,96 centavos de dólar por libra-peso, subindo 1,37%. Agentes de mercado estão atentos a condições, como fraca demanda global, especialmente com as decisões econômicas da China em diminuir consumo externo e priorizar mercado doméstico. Ao mesmo tempo, há incertezas relacionadas à oferta, com alguns problemas climáticos impactando as safras nos Estados Unidos.
O mercado do açúcar vai na contramão e cai 0,45%, com papéis com vencimento para março custando 22,09 centavos de dólar por libra-peso.