Preço do boi gordo sobe em São Paulo e em outras regiões pecuárias

Em parte das praças, há indícios de menor folga na oferta e de pecuaristas mais retraídos nas vendas

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 03/10/2025 por:

Economista | Analista de Mercado

O ritmo de negócios aumentou neste início de outubro em algumas regiões importantes, elevando os preços das cotações do boi gordo. Segundo a consultoria Agrifatto, as altas foram impulsionadas pela população mais capitalizada com recebimento de salários, o que tende a incentivar o consumo no mercado doméstico.

Das 33 regiões pecuárias monitoradas pela Scot Consultoria, 22 permaneceram com preços estáveis nesta quinta-feira (2/10). No entanto, foram verificadas altas em nove praças: Araçatuba (SP), Barretos (SP), Triângulo Mineiro, Belo Horizonte (MG), sul de Minas Gerais, sul da Bahia, sudeste de Rondônia, Acre e Roraima. Apenas no oeste do Rio Grande e em Pelotas (RS) houve queda de valores.

Em São Paulo, o cenário ainda era de mercado bem ofertado em grande parte do Estado, com presença significativa de bovinos de confinamento nas escalas de abate dos frigoríficos e com escoamento de carne bovina ainda moroso, afirma a Scot. Em parte das praças monitoradas, porém, já havia indícios de menor folga na oferta e de pecuaristas mais retraídos nas vendas, o que vinha incentivando melhores pagamentos pela arroba bovina.

Assim, nas praças paulistas de Araçatuba e Barretos, que são referência para o mercado, a arroba do boi gordo subiu R$ 1, para R$ 303 no pagamento a prazo. A cotação da novilha aumentou R$ 2, para R$ 292 a arroba. Para a vaca e para o “boi China”, os preços não se alteraram na comparação diária.

A Agrifatto destaca que o atacado de carne com osso está mantendo movimentação regular, com fluxo constante de reposição pelo varejo. A demanda segue em recuperação, enquanto os entrepostos têm absorvido bem a carne disponível, registrando apenas pequenos atrasos pontuais. A oferta inclui vaca e boi inteiro, destinados tanto ao consumo direto quanto à indústria de desossa, com maior procura por boi castrado e novilha.

Em relação aos confinamentos, dados do Cepea e da Tortuga/DSM mostram que houve desaceleração dos custos no segundo e no terceiro trimestres. Com queda nos preços dos principais insumos da dieta, o gasto com a alimentação e suplementação dos animais tem recuado consecutivamente desde abril de 2025, acumulando queda de 15,5% até agosto.

O custo do boi magro teve pouca alteração no período, com recuo mais forte apenas em agosto. No balanço, a inflação do custo do confinamento baixou 7,6% de março para agosto, mas ainda está num dos pontos mais altos da série iniciada em janeiro de 2018.

Globo Rural

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