O mercado pecuário começou a semana com estabilidade para os preços do boi gordo na maior parte do Brasil, informa a Scot Consultoria. Das 33 regiões monitoradas pela Scot, 25 não tiveram alterações nas cotações nesta segunda-feira (20/10). Foram registradas altas apenas em Belo Horizonte (MG), sul de Goiás, Cuiabá (MT), noroeste do Paraná, Santa Catarina, sudeste de Rondônia, norte do Tocantins e Rio de Janeiro.
Nas praças de Arabaçatuba (SP) e Barretos (SP), referências para o mercado, parte dos frigoríficos fora das compras, e os que abriram as compras têm oferecido mais pelas fêmeas. A cotação do boi gordo não mudou, seguindo a R$ 307 a arroba para o pagamento a prazo.
Para a vaca, a cotação subiu R$ 3, para R$ 285 a arroba. No caso da novilha, a alta foi de R$ 2, para R$ 300 a arroba. O preço do “boi China”, após a alta no fechamento da semana anterior, não apresentou alteração, permanecendo em R$ 312 a arroba.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) destaca que outubro tem mostrado cotações firmes, mas altas moderadas. Com forte crescimento dos confinamentos, principalmente dos que têm já tinham grande escala, muitos animais foram vendidos com antecedência, e a necessidade de compras dos frigoríficos no mercado spot diminuiu. “Tem havido reajustes dos preços ao longo do mês, mas pequenos e cadenciados, diferente do que predominou nos últimos anos”, afirma o Cepea.
Em relação às vendas de carne bovina, a Scot aponta que, após a recuperação nas vendas no início de outubro, com a demanda no varejo aquecida, o mercado perdeu fôlego com o avanço do mês, e os pedidos do setor varejista diminuíram. Com isso, as cotações de algumas categorias não mudaram, como a da carcaça casada do boi capão, que seguiu estável. A cotação das demais subiu.
Na última semana, segundo a Scot, a cotação da carcaça casado do boi inteiro subiu 0,5%, ou R$ 0,10 o quilo. Entre as fêmeas, a alta foi de 1,3%, ou R$ 0,25 o quilo, para as carcaças casadas.
No mercado externo, dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados nesta segunda-feira mostram que o volume médio que tem sido embarcado por dia em outubro é o maior da série histórica. São 15.488 toneladas de carne in natura por dia, 26% a mais que em outubro do ano passado, com o acumulado no mês podendo superar em cerca de 8% o recorde de setembro de 2025, caso a média diária obtida nos primeiros 13 dias úteis seja mantida no restante do mês.
O Cepea destaca que o preço também está em patamar elevado. A média na parcial de outubro está em US$ 5.506, o que equivale a R$ 29.680 por tonelada de carne in natura. Em real, este valor é 13% maior que o outubro do ano passado, mas 1,7% menor que o de setembro.