O mercado pecuário começou a semana com estabilidade na maioria das regiões brasileiras. Nesta segunda-feira (16/6), das 32 praças pesquisadas pela Scot Consultoria, 23 não tiveram mudanças na cotação do boi gordo em relação à sexta-feira (13/6). Em apenas nove foram registradas altas: norte de Minas Gerais, Goiânia (GO), sul de Goiás, Três Lagoas (MS), Cuiabá (MT), Alagoas, Redenção (PA), Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Com grande parte das indústrias fora das compras, os preços ficaram estáveis em relação à sexta-feira para todas as categorias nas praças de Araçatuba e Barretos, que são referência para o Estado de São Paulo. No pagamento a prazo, as cotações da arroba seguiram em R$ 315 para o boi gordo, R$ 320 para o “boi China”, R$ 300 para a novilha e R$ 287 para a vaca. As escalas de abate estavam atendendo, em média, a sete dias.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) também informou que, nesta segunda-feira, a maioria dos negócios captados ocorreu a preços estáveis com o encerramento da semana passada. “Novamente, vemos pecuaristas resistentes em negociar, na expectativa de preços maiores. Alguns frigoríficos estão fora das compras, analisando o mercado para definir preço de compra nesta nova semana”, destaca o Cepea.
No mercado atacadista, a Scot relata que o ritmo das vendas diminuiu, um comportamento esperado para a segunda quinzena do mês. Apesar disso, os preços seguem em alta para parte das carcaças.
A cotação da carcaça casada de boi capão não mudou, sendo comercializada em R$ 21,40 o quilo, enquanto a do boi inteiro subiu 0,5% ou R$ 0,10, cotada em R$ 20,25 o quilo
Para a carcaça casada das fêmeas, a alta foi de 2,1% ou R$ 0,40 para a da vaca, apregoada em R$ 19,40 o quilo, e para a da novilha foi de 1,0% ou R$ 0,20, negociada em R$ 20 o quilo.
Em relação às outras carnes, após semanas em queda, a cotação do frango médio subiu 0,7% ou R$ 0,05, comercializado em R$ 6,90 o quilo. A carcaça do suíno especial subiu 3,3% ou R$ 0,40, cotada em R$ 12,70 o quilo.
Já a respeito do mercado externo, foram divulgadas nesta segunda-feira as exportações nas duas primeiras semanas de junho. O Cepea destaca que o ritmo de embarques se acelerou, o que ajuda a explicar os preços firmes tanto dos animais para abate quanto da carne no atacado nacional.
Em comparação ao mês passado, o volume exportado por dia aumentou 13%, subindo para a média de 11,7 toneladas de carne in natura. Em junho do ano passado, a média diária (mês inteiro) foi de 9,6 mil toneladas. Ou seja, o desempenho dessa parcial do mês está quase 22% maior que o de um ano atrás.
O preço também aumento. A média de junho supera os R$ 30 mil por tonelada. No mês passado, a média beirou os R$ 29.500 a tonelada, e a de um ano atrás foi de R$ 24.073 a tonelada. Em termos percentuais, os preços em junho estão 2,5% maiores que os de maio e 25,6% superiores aos de junho do ano passado – em real.