O mercado pecuário começou a semana com algumas especulações e poucos negócios realizados, informa a Scot Consultoria. Dessa maneira, as cotações permaneceram estáveis na maior parte do Brasil nesta segunda-feira (24/11).
Em 24 das 33 praças monitoradas pela Scot, o preço do boi gordo permaneceu com os mesmos valores da sexta-feira (21/11). Houve queda em oito regiões, e apenas em Roraima as cotações tiveram valorização. Nas praças de Araçatuba (SP) e Barretos (SP), referências para o mercado, o boi gordo segue cotado a R$ 320 a arroba para o pagamento a prazo.
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), nesta última semana de novembro, o mercado do boi gordo segue marcado pela estabilidade. Mesmo em plena entressafra, os preços têm se mantido firmes, sustentados principalmente pelos lotes de confinamento, que vêm sendo postos à venda de forma gradual.
No atacado da carne com osso, apesar do avanço da segunda quinzena do mês, as vendas seguiram em bom ritmo, com pedidos de reposição de estoques, informa a Scot. Além disso, a oferta de carne foi menor em relação às semanas anteriores. Mesmo com esse cenário, após altas consecutivas e ter, na segunda semana do mês, chegado ao maior patamar desde janeiro, a cotação das carcaças casadas apresentou ajuste negativo.
Em relação ao mercado externo, o Cepea destaca que, neste início de semana, muitos operadores estão atentos a eventual anúncio da China a respeito de suas importações de carne bovina brasileira. A investigação conduzida pelo Ministério do Comércio chinês foi prorrogada até quarta-feira (26/11).
Segundo o Cepea, não há sinais de alteração no fluxo de exportação de carne bovina para a China. Pelo contrário, dados até a última sexta-feira mostram uma média diária bastante elevada, na casa de 17 mil toneladas de carne in natura embarcadas por dia. Ainda faltando uma semana para completar o mês, o volume já supera em 10 mil toneladas (ou 4%) o total de novembro passado, com novembro podendo bater recorde pelo terceiro mês consecutivo.
O preço pago por tonelada segue próximo de US$ 5,5 mil, mas com pequena queda na parcial deste mês, para US$ 5.491. A receita, já convertida em reais, soma R$ 6,97 bilhões.
