O mercado físico do boi gordo registrou queda nos preços da arroba em grande parte do país, em meio a um incremento na oferta de gado disponível para abate. Em São Paulo, as cotações recuaram em todas as categorias de animais avaliadas pela Scot Consultoria.
Das 32 “praças” pecuárias mensuradas pela Scot no Brasil, houve baixa nos preços do boi gordo em 17 regiões nesta terça-feira (18/2), no comparativo diário.
Em Barretos (SP) e Araçatuba (SP), os valores do boi e da vaca gordos caíram R$ 3 por arroba, e os animais estão sendo negociados em R$ 317 e R$ 287 por arroba, respectivamente. Para a novilha, o preço recuou R$ 2 por arroba, para R$ 308.
O preço da arroba do “boi China”, animal com característica para produção de carne que será exportada aos chineses, caiu R$ 3 para R$ 322.
“Com o aumento na oferta de bovinos e com as vendas de carne em ritmo moroso (no mercado interno), o preço da arroba de todas as categorias caiu”, enfatizou a Scot, em relatório.
A melhora na disponibilidade, especialmente de fêmeas, também levou à queda nos valores do gado no sul do Tocantins. Na região, os preços do boi gordo e da novilha caíram R$ 3 por arroba, a R$ 282 e R$ 262, respectivamente. Para a vaca, o preço caiu R$ 2 por arroba, para R$ 260 por arroba.
Mercado externo
Um fator que contribui para que as quedas da arroba não sejam ainda mais intensas é o ritmo de vendas de carne bovina no mercado externo, que segue aquecido neste mês.
Até a segunda semana de fevereiro, as exportações totalizaram 52,46 mil toneladas, com uma média diária de 10,50 mil toneladas, 13,23% acima do mesmo período do ano passado.
“A projeção para o fechamento do mês indica um volume exportado de 195 mil toneladas (+9,21%)”, estimou a consultoria Agrifatto em nota.
O preço médio caiu 0,24% em relação a janeiro, atingindo US$ 4,95 mil por tonelada, mas está 9,3% superior na variação anual.
Com isso, a receita acumulada já soma US$ 494,08 milhões, com média diária de US$ 49,41 milhões (+16,14%), indicando um fluxo financeiro positivo para o setor.
