Soja, milho e trigo subiram na bolsa de Chicago na sessão de ontem, com destaque para a oleaginosa, que foi impactada pela valorização expressiva do óleo. Os contratos do grão para maio avançaram 1,92% nesta terça-feira (1/4), para US$ 10,3425 o bushel.
A soja pegou “carona” na disparada nos valores do óleo, que fechou em alta de mais de 5% hoje. A elevação foi motivada por um pacote de estímulos à produção de biocombustíveis nos EUA. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) vai liberar US$ 537 milhões dentro de um programa para expandir a infraestrutura de biocombustíveis no país. De acordo com Ronaldo Fernandes, analista da Royal Rural, a iniciativa do governo americano poderia gerar demanda interna adicional de 20 milhões de toneladas.
Além disso, Fernandes destaca que agências americanas estão discutindo ajustes no volume mínimo de biocombustíveis que deve ser usado nos combustíveis fósseis.
“Se houver ampliação desses volumes, refinarias americanas terão que comprar mais biodiesel, o que automaticamente aumenta a demanda por óleo de soja — já que ele é a principal matéria-prima usada por lá. O mercado entendeu o recado: vem mais demanda por óleo de soja, e isso puxa o grão junto”, pontua o analista.
Trigo
No mercado do trigo na bolsa de Chicago, os contratos futuros para maio foram precificados a US$ 5,4050, alta de 0,65%. Investidores ainda digerem as informações do último relatório sobre área plantada nos EUA, que indicou o cultivo de 18,37 milhões de hectares na safra 2025/26, a segunda menor área dos últimos 100 anos.
Milho
Nas negociações do milho na bolsa americana, os contratos que vencem em maio subiram 0,98%, para US$ 4,6175 o bushel.
