O poder de compra de cafeicultores brasileiros frente aos insumos agrícolas, sobretudo fertilizantes, vem crescendo neste ano, de acordo com levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Em relação à ureia, por exemplo, o produtor do Sul de Minas Gerais precisa de aproximadamente 1,59 saca de café arábica do tipo 6 para adquirir uma tonelada do insumo, na parcial de dezembro (até o dia 6). Trata-se do momento mais favorável ao cafeicultor, considerando-se a série histórica do Cepea para a ureia, iniciada em janeiro de 2008.
Essa melhora se deve à expressiva alta de preços do café ao longo de 2024, refletindo os cenários produtivos no Brasil e no Vietnã.
Nesta terça-feira (10/12), o indicador Cepea/Esalq do café arábica atingiu a cotação de R$ 2.199,09 a saca de 60 quilos, uma alta de 4,82% desde o início do mês. A oferta pressionada tem levado os estoques mundiais do café a volumes baixos.
Do lado da demanda, a procura global segue firme, mesmo com os valores elevados ao consumidor.