LONDRES, 1º de novembro (Reuters) – Os preços do petróleo subiram mais de 2% na sexta-feira após relatos de que o Irã estava preparando um ataque retaliatório contra Israel a partir do Iraque nos próximos dias, embora as referências ainda estivessem definidas para um declínio semanal.
Os contratos futuros do petróleo Brent subiam US$ 1,72, ou 2,4%, para US$ 74,53 o barril às 10h24 GMT. O petróleo bruto West Texas Intermediate dos EUA subia US$ 1,76, ou 2,5%, para US$ 71,02.
O site de notícias americano Axios informou na quinta-feira que a inteligência israelense sugere que o Irã está se preparando para atacar Israel a partir do Iraque dentro de alguns dias, citando duas fontes israelenses não identificadas.
“Quaisquer respostas adicionais do Irã podem permanecer contidas, semelhante ao ataque limitado de Israel no último fim de semana, portanto, pretendido principalmente como uma demonstração de força e não um convite para uma guerra aberta”, disse o analista da SEB Research, Ole Hvalbye.
Os dois países se envolveram em uma série de ataques retaliatórios dentro da guerra mais ampla do Oriente Médio desencadeada pela luta em Gaza. Ataques aéreos iranianos anteriores contra Israel em 1º de outubro e em abril foram repelidos em sua maioria, com apenas danos menores.
O Brent está a caminho de terminar a semana com queda de quase 2%, tendo caído 6% na segunda-feira depois que o ataque de Israel contra o Irã em 26 de outubro ignorou instalações petrolíferas e nucleares.
Os preços do petróleo também foram apoiados por expectativas de que a OPEP+ poderia atrasar o aumento planejado para dezembro na produção de petróleo em um mês ou mais devido à preocupação com a fraca demanda por petróleo e o aumento da oferta. Uma decisão pode ser tomada já na semana que vem.
O resultado da eleição presidencial dos EUA na próxima semana e qualquer detalhe de estímulo financeiro, se houver, da reunião do comitê permanente do NPC da China também afetarão os preços do petróleo, disse o analista do IG Tony Sycamore.
Os candidatos presidenciais dos EUA, Kamala Harris e Donald Trump, têm opiniões diferentes sobre a política em relação aos produtores de petróleo Irã e Rússia.
Enquanto isso, na China, a atividade manufatureira voltou a crescer em outubro, mostrou uma pesquisa do setor privado na sexta-feira, ecoando uma pesquisa oficial na quinta-feira, sugerindo que medidas de estímulo estão sendo adotadas.
Mas “a composição do crescimento ainda será mais voltada para dentro do que a expansão típica pré-COVID na China”, disseram analistas do Goldman Sachs em nota.