A cana-de-açúcar vem se destacando cada vez mais no agro brasileiro, sendo responsável pelo 3° maior Valor Bruto da Produção (VBP), acumulando em 2021 um valor de 69,7 bilhões de reais. Somos o maior produtor mundial e também o maior exportador do açúcar extraído da cana, representando cerca de 36% da exportação global.
De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), até o dia 14/09, o Brasil já havia exportado 1,8 milhões de toneladas de açúcares e melaços, aproximando-se do volume de 2,54 milhões embarcados em todo o mês de set/21. A estimativa é que ocorra um aumento de até 17% nesses números. O destaque não vai apenas para o açúcar, vai também para o etanol, que deve bater recorde de exportação para a Europa, acumulando no ano 600 milhões de litros desse biocombustível, resultando em um avanço significativo para o setor sucroenergético.
Ainda no Brasil, a moagem de cana para a safra 2022/23 na região centro-sul do país, foi estimada em 557,5 milhões de toneladas, um aumento de 6,6% frente a safra anterior. Esse processo teve um avanço de 1,79% desde a segunda metade de agosto. Com a expansão da área de plantio e constante recuperação da produtividade após períodos de seca e geada, a perspectiva é positiva para essa commodity.
Nessa quarta-feira (21), os futuros do açúcar atuaram em queda para Londres e NY, com desvalorização de -1,72% e -0,67%, respectivamente, para os principais contratos negociados. O ativo foi na carona do petróleo, que teve queda após o aumento dos seus estoques nos EUA.
Por fim, olhando para os demais exportadores, acompanhamos a disputa entre China e Índia pelo 2° lugar no ranking. A preocupação nesses países gira em torno das condições climáticas adversas, que podem vir a impactar a produção da safra.
