Mercado de sementes de soja cresce 57% em dois anos

Pesquisa também confirmou novo aumento na adoção de tratamentos com lagarticidas para a cultura da soja no Brasil

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 09/08/2023 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de Mercado

Com o avanço de 6% da área cultivada de soja, para mais de 44 milhões de hectares, o mercado de sementes da oleaginosa movimentou R$ 24,5 bilhões na última safra, alta de 18% frente ao ciclo 2021/22 (R$ 20,76 bilhões).

Os dados são do recém-divulgado estudo FarmTrak Soja 2022/23, da Kynetec. Conforme a consultoria, as sementes ‘Bt’ chegaram a mais de 90% dos cultivos, enquanto as ‘RR’ ocuparam 8%.

Evolução de biotecnologias na soja

“O resultado é altamente representativo, pois ratifica, safra após safra, a força do setor sementeiro dentro do processo produtivo da mais importante cultura agrícola do país”, destaca o especialista da empresa, Millôr Mondini.

Segundo ele, ante o período 2020/21, quando esse segmento transacionou R$ 15,6 bilhões, o crescimento acumulado chegou a 57%.

“Embora tecnologias Bt tenham ampliado espaço, o FarmTrak confirma também novo aumento na adoção de tratamentos com lagarticidas. Estes produtos alcançaram quase 80% do plantio em áreas com biotecnologias Bt, contra cerca de 50% de cinco safras atrás. Os lagarticidas, por sinal, corresponderam em 2022/23 a 30%, ou R$ 3,7 bilhões, do total de R$ 12,2 bilhões do mercado de inseticidas.”

Crescimento de lagarticidas para a soja

evolução de lagarticidas

Desse cenário, complementa Mondini, o FarmTrak da Kynetec destaca ainda evolução acelerada do mercado de biolagarticidas. Segundo o especialista, tais produtos já movimentam R$ 186 milhões na sojicultura.

“Dados indicam tendência de novos saltos relacionados a lagarticidas biológicos nas próximas safras. Estão cada vez mais presentes nas lavouras, enquanto ferramenta complementar ao Manejo Integrado de Pragas”, salienta Mondini.

Em contrapartida, ele conclui, a pesquisa revelou adesão pouco representativa do produtor às chamadas “novas” biotecnologias de última geração, que somaram pouco mais de dois milhões de hectares ou 5% da área cultivada.

Canal Rural

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