O mercado internacional de café começou a nova semana em movimento de correção após os avanços recentes observados nas bolsas externas, segundo informações da StoneX. A última semana foi marcada por forte atenção ao Vietnã, que iniciou sua colheita sob chuvas intensas e persistentes.
O excesso de precipitação reduziu o ritmo da operação, comprometeu parte da qualidade do grão e gerou dificuldades logísticas em uma safra considerada decisiva. Após anos de desempenho abaixo do esperado, o país busca recuperação produtiva e o USDA projeta um aumento próximo de 7 por cento na produção local, o que amplia a sensibilidade do mercado a qualquer mudança climática.
O cenário de instabilidade elevou o sentimento altista e sustentou os preços futuros. Em Nova Iorque, o contrato mais negociado fechou a semana com avanço de 3,2 por cento, alcançando US¢ 381,20 por libra peso. Em Londres, o contrato de janeiro registrou alta de 1,3 por cento e encerrou a USD 4.565 por tonelada. No acumulado de novembro, Nova Iorque somou elevação de 2,4 por cento, enquanto Londres subiu 0,6 por cento, refletindo a combinação entre preocupação climática e volume reduzido de negociações durante o feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, que limitou a liquidez.
No Brasil, o arábica acompanhou o movimento externo e avançou 3,3 por cento na semana e 2,1 por cento no mês, encerrando a R$ 2.252,95 por saca. O robusta teve melhora semanal de 4,2 por cento, mas acumula leve recuo mensal de 0,1 por cento, cotado a R$ 1.404,48 por saca. A queda do dólar, que recuou 1,3 por cento na semana e 0,8 por cento no mês para R$ 5,33, ajudou a suavizar parte das oscilações internas.
