Melhoramento Genético: Evolução Genética em suínos

O Brasil é o maior exportador de carne suína do mundo e também, o segundo maior produtor. Em 2018 produziu um total de 13,3 milhões de toneladas, atrás apenas dos Estados Unidos, cuja produção foi de 19,3 milhões de tons. Considerando o aumento da população mundial e por consequência o consumo de proteína animal, os desafios para a produção de suínos e de alimentos em geral tem sido bastante desafiador. Por esta razão que o melhoramento genético é de extrema importância neste segmento.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 27/06/2022 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de Mercado

O melhoramento genético de suínos trabalha com dois fatores principais para o seu direcionamento: o reconhecimento, por parte dos geneticistas, de que os suínos competem por alimentos que podem ser incluídos na dieta humana e, a competição em nível de mercado com produtos de outras espécies domésticas, sendo a competição com produtos de frango de corte o exemplo mais evidente.

Entre os objetivos principais que o melhoramento genético de suínos trabalha, está a melhora da saúde e bem-estar animal, resistência de doenças e defeitos congênitos, melhora na qualidade da carne, e nas características de produção, como prolificidade, habilidade materna, conversão alimentar e taxa de crescimento. Atualmente, as atenções têm se concentrado em três pontos principais: redução da gordura, melhoria da eficiência alimentar e favorecimento do crescimento do tecido magro para maximizar o desempenho dos suínos em terminação e na qualidade da carcaça.

O sistema de cruzamentos é um forte aliado para a utilização de melhores raças disponíveis em conjunto com o melhoramento genético para expressas a eficiência produtiva e reprodutiva dos suínos. As principais vantagens dos cruzamentos são: produção de heterose, a incorporação de material genético desejável em apenas uma ou duas gerações e a utilização da complementaridade, associando-se características desejáveis de duas ou mais raças ou linhagens.

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Com o cruzamento, é possível serem exploradas as desvantagens de cada raça e buscar as melhores características de importância econômica. Para se aumentar os índices produtivos de uma criação, é preciso utilizar machos e fêmeas de alto valor genético no plantel de reprodutores. Os ganhos genéticos ocorrem quando uma seleção dos melhores animais é feita continuamente para determinadas características de importância econômica. As raças, por serem bastante variadas entre si, são importantes para se obter ganhos genéticos pela ação aditiva dos genes, que têm efeitos permanentes. Deve-se, então, aproveitar a variabilidade das raças explorando os efeitos aditivos e não-aditivos dos genes.

O sistema de produção de suínos possui uma estrutura piramidal, onde na parte superior da pirâmide estão os rebanhos núcleos, quais fazem parte dos programas de melhoramento (testes e seleção) e que por sua vez, serão obtidos o material genético para repassá-los aos rebanhos multiplicadores. Os multiplicadores irão passar por cruzamentos, para então chegar aos rebanhos comerciais, nos quais são produzidos os suínos para abate.

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Conteúdo produzido através do texto “Evolução Genética” disponibilizado no site da Abcs.Org (Associação Brasileira de Criadores de Suínos).

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