Melhoramento de plantas: Conheça as vantagens e as desvantagens do uso desta tecnologia na produção de alimentos

O melhoramento genético em plantas é um dos maiores avanços na área de tecnologia agrícola. Ainda há muito o que desenvolver nesta área porém, a área de engenharia genética principalmente, vem auxiliando cada vez mais para a obtenção de ganhos na produtividade, bem como no aumento da resistência das plantas em relação as pragas e doenças ocasionadas no campo... Veja agora quais são as vantagens e desvantagens do melhoramento genético:

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 27/06/2022 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de Mercado

Vantagens

Com o melhoramento genético o homem é capaz de originar novos indivíduos com as características desejadas. Entre as principais mudanças aplicadas ao campo está: a alteração na maturação de frutos, tolerância a condições ambientais adversas e melhoramento de qualidades nutritivas;

Com o aumento da resistência das plantas transgênicas em relação a pragas e doenças, existe uma menor necessidade da aplicação de defensivos agrícolas como inseticidas e pesticidas. Que além de diminuir a probabilidade de danos ao meio ambiente, também reduz o custo de produção;

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Muitos dos alimentos melhorados geneticamente possuem maior prazo de validade do produto;

As células vegetais isoladas mantêm a totipotência, ou seja, a capacidade que uma única célula tem, em se transformar/regenerar em um novo organismo completo. Um exemplo disso é o meristema da batata, que pode produzir várias mudas novamente, somente através deste “órgão” da planta.

As plantas melhoradas (transgênicas) possuem um ciclo de vida curto permitindo que a seleção seja rápida para a escolha de novas características;

Produzem uma descendência numerosa;

Têm uma grande capacidade de autofecundação (assexuada);

Desvantagens

No Brasil, poucos laboratórios têm os dispendiosos equipamentos e reagentes necessários à obtenção de transgênicos, e também os pesquisadores capazes de manipulá-los com toda a segurança requerida pela Lei da Biossegurança, fiscalizada pala Comissão Nacional Técnica de Biossegurança (CTNBio);

A manipulação desses alimentos é muito recente e podem surgir inconvenientes no futuro, por exemplo, efeitos tóxicos a partir do desenvolvimento de substâncias indesejáveis. No entanto, são inúmeras as pesquisas, que provam o contrário. Além do mais, muitos estudos são feitos antes de se produzir a nível comercial uma cultivar geneticamente modificada;

Com o cultivo de plantações de alimentos transgênicos é possível eliminar as pragas prejudiciais, mas também podem eliminar populações benéficas ao equilíbrio ecológico;

O lugar em que o gene é inserido não pode ser controlado completamente o que pode causar resultados inesperados uma vez que os genes de outras partes do organismo podem ser afetados;

A uniformidade genética leva a uma maior vulnerabilidade do cultivo, pois a invasão de pestes, doenças, e plantas invasoras sempre é maior em áreas que plantam o mesmo tipo de cultivo. Quanto maior for a variedade no sistema da agricultura, ou seja, realizar a rotação de cultura, mais este sistema estará adaptado a enfrentar pestes e doenças;

Transferência da resistência a antibióticos para bactérias presentes no intestino humano;

Após a obtenção do organismo transgênico, segue-se a fase mais longa e dispendiosa, de cinco ou mais anos, e milhões de euros para selecionar e desenvolver o produto. Somente algumas empresas têm capacidade para aguentar com os custos necessários para lançar novos organismos transgênicos, isto porque é necessário muito tempo, tecnologia e principalmente profissionais habilitados para analisar todos os resultados e então lançar um produto transgênico.

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