A primavera-verão 2025/26 deve trazer temperaturas acima da média e risco de seca, principalmente no Sul do país, sob efeito do La Niña, cenário que pode pressionar ainda mais os preços dos alimentos. Para reduzir os impactos, a Nutrisaude, responsável por mais de 18 milhões de refeições anuais em restaurantes corporativos, aposta em cardápios sazonais e monitoramento climático, ajustando fornecedores e insumos para conter custos em até 20%.
A gestão baseada na sazonalidade permite negociar insumos com antecedência, reduzir perdas e manter a qualidade nutricional das refeições. Cerca de 60% do hortifrúti da Nutrisaude vem de agricultores familiares, principalmente no cinturão verde de São Paulo, garantindo fornecimento contínuo e custos mais estáveis.
“Para que o clima não comprometa essa equação, investimos em tecnologia e em uma equipe dedicada a monitorar as variações sazonais, assegurando que os impactos não pesem no orçamento das empresas nem dos colaboradores”, afirma Victor Franco, CEO da Nutrisaude.
O cenário climático apresenta desafios variados: no Nordeste, chuvas acima da média beneficiam algumas culturas, mas a baixa precipitação ameaça o plantio de soja no MATOPIBA; no Centro-Oeste e Sudeste, a retomada das chuvas é essencial para a primeira safra de grãos; no Sul, embora a precipitação esteja próxima da média, cresce o risco de doenças fúngicas no trigo.
“Num cenário de inflação e mudanças climáticas, quem não se antecipa paga mais caro. Planejar a alimentação olhando para o clima e para a sazonalidade não é só estratégia, é sobrevivência”, conclui o CEO.