Inflação 2024: veja quais alimentos ficaram mais caros em junho e o motivo

No cálculo do IPCA, o grupo de alimentação e bebidas subiu 0,44%, mas se manteve abaixo dos 0,62% de maio.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 11/07/2024 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho teve alta de 0,21%. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os preços dos alimentos foram a principal influência para a alta do indicador em junho. O grupo de alimentação e bebidas subiu 0,44%, mas se manteve abaixo dos 0,62% de maio.

O resultado de alimentação e bebidas em junho respondeu por quase metade da alta do IPCA no mês, com impacto de 0,10 ponto percentual na taxa de 0,21% do indicador. No resultado dos alimentos em junho, houve pressões em sentidos contrários.

Enquanto os preços do leite e da batata-inglesa subiram, houve queda de mamão e cebola, também entre os principais produtos que puxaram para baixo o indicador do mês.

Na avaliação de Thiago de Oliveira, coordenador da seção de economia da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais (Ceagesp), no geral, 70% da formação dos preços dos alimentos se refere às condições climáticas e 30% se deve à pressão de consumo e à sazonalidade da produção.

Confira o motivo das maiores altas e quedas de preços em junho

Batata-inglesa (+14,49): De acordo com o economista da Ceagesp, as chuvas no Sul do País, especialmente no sul do Paraná e em Santa Catarina, que receberam precipitações por vários dias seguidos, interromperam a colheita. Com redução no escoamento, os preços subiram.

A tendência é de que com o avanço da colheita em outros Estados, como por exemplo Minas Gerais, os preços normalizem. No atacado já há a tendência de queda de preços da batata-inglesa, que deve chegar ao varejo nos próximos dias.

Leite longa vida (+7,43): De acordo com informações do Cepea, os preços do leite pagos ao produtor estão em alta há sete meses. O movimento se explica pela redução da produção no campo. Em junho, os preços dos lácteos avançaram até a segunda quinzena do mês.

Além dos menores investimentos dentro da porteira no final de 2023, o avanço da entressafra no Sudeste e Centro-Oeste e o atraso da safra no Sul limitam a oferta do leite cru. Consequentemente, a disputa entre laticínios e cooperativas por fornecedores para garantir o abastecimento de matéria-prima sustentou a valorização do leite.

“No que diz respeito ao leite longa vida, essa menor oferta está relacionada tanto ao período de entressafra, principalmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, quanto por conta de um clima adverso na região Sul do país”, explica Oliveira.

Globo Rural

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