Incêndios atingem áreas de pastagem no sudoeste de Minas Gerais

Sindicato Rural de Passos informou que entre 4 mil e 5 mil cabeças de gado de oito produtores tiveram que ser retiradas da região dos focos e transferidas para outro local.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 27/08/2024 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

Áreas de pastagem do município de Passos, no sudoeste de Minas Gerais, foram atingidas nesta segunda (26/8) e no último fim de semana por focos de incêndio. O Corpo de Bombeiros de Passos informou que os pontos já foram combatidos. Ao todo, 3 mil hectares de área foram atingidas pelas queimadas.

O Sindicato Rural de Passos informou que entre 4 mil e 5 mil cabeças de gado de oito produtores tiveram que ser retiradas da região dos incêndios e transferidas para outro local. Os animais não foram feridos.

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) realiza um levantamento dos incêndios nas zonas rurais e deve divulgar os resultados nos próximos dias.

De acordo com o balanço do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, de janeiro a agosto deste ano foram registrados 16,3 mil incêndios no Estado, representando um aumento de 50% em relação ao mesmo período de 2023. Ao todo, 4 mil hectares de vegetação em unidades de conservação foram consumidas pelo fogo.

Ainda segundo o Corpo de Bombeiros, 40% dos incêndios ocorrem em lotes vagos e 20% em áreas urbanas não protegias. Em 90% dos casos, os incêndios foram causados por ação humana.

Ação criminosa em SP

O presidente da Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Nelson Pérez Júnior, disse que é “incontestável” que houve algum tipo de ação criminosa e orquestrada que resultou nos incêndios no interior de São Paulo nesse fim de semana. Grande parte da área queimada era ocupada por canaviais.

As condições climáticas favoreceram a propagação do fogo, mas a existência de focos simultâneos em quase todo o Estado e em outras regiões não foi algo “natural”, disse ele.

“Do jeito que foi, é incontestável que há ação criminosa e orquestrada. Nunca vi isso na minha vida. Parece que foi escolhido dia e hora para acontecer, até isso foi planejado”, afirmou, sem indicar quem poderia ser responsável pela ação criminosa.

Três das quatro fazendas em que Pérez Júnior cultiva cana na região de Penápolis foram consumidas pelo fogo. Cerca de 400 hectares de lavoura foram incendiados, além de estruturas como curral e barracão.

Pérez Júnior disse que o setor deverá levantar o debate sobre a necessidade de regulamentar novamente a queima da cana no Estado. Segundo ele, a prática – proibida há mais de uma década – poderia ter ajudado em uma situação como a do fim de semana.

Globo Rural

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