As safras de soja e de milho de Mato Grosso sofreram novo corte nas estimativas, ainda que as reduções mensais tenham sido inferiores a 1,5%, de acordo com novos números divulgados nesta segunda-feira pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) que espelham os impactos da seca e dos preços mais baixos.
Na comparação com os recordes produtivos registrados na temporada passada no maior Estado produtor de grãos e oleaginosas do Brasil, as estimativas do Imea (órgão ligado ao setor produtivo) apontam reduções de mais de 15% para os dois produtos.
A safra de soja de Mato Grosso foi estimada em 38,44 milhões de toneladas, queda de 1,44% ante previsão de janeiro e de 15,17% ante ciclo passado a colheita atingiu quase 40% da área plantada no Estado até a última sexta-feira.
“Vale ressaltar que as lavouras mais tardias ainda estão com a produtividade em aberto, o que pode alterar a projeção aguardada para Mato Grosso nos próximos meses”, disse o Imea em relatório.
Já a safra de milho — cujo plantio está se desenvolvendo –foi estimada em 43,3 milhões de toneladas, queda de 1,09% ante previsão de janeiro e de 17,58% versus o ciclo passado. Mato-grossenses tinham semeado mais de um quarto da área até sexta-feira.
A queda anual ocorre em função da produtividade esperada e da área plantada inferiores ao ciclo passado.
“Essa perspectiva foi pautada pelo menor interesse dos produtores em cultivar milho, uma vez que o preço do cereal não está cobrindo o custo de produção no Estado”, disse o Imea, notando que há muitos fatores em aberto no que diz respeito à produtividade.
A safra de algodão do Estado foi prevista em 2,4 milhão de toneladas (pluma), alta de 0,83% ante previsão de janeiro e aumento de 3,85% ante ciclo passado, segundo o Imea, citando um ligeiro avanço na área plantada na comparação com o esperado anteriormente. Mais de 95% do plantio já foi realizado.
