Governo dos EUA pode ter ‘shutdown’ por falta de acordo sobre orçamento; entenda

Democratas e republicanos enfrentam dificuldades em negociação que pode levar a bloqueio de serviços

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 01/10/2025 por:

Economista | Analista de Mercado

Os Estados Unidos podem enfrentar uma interrupção das atividades do governo a partir desta terça-feira, 30. O motivo é a ausência de consenso no Congresso sobre o orçamento federal, que precisa ser aprovado antes do encerramento do ano fiscal. Sem essa definição, o país entra em um processo conhecido como shutdown, que bloqueia serviços públicos e retém o pagamento de servidores.

A medida atinge órgãos considerados não essenciais, mas os efeitos são amplos. Funcionários ficam sem remuneração, agências federais reduzem atividades, e setores como transporte aéreo e programas sociais sofrem atrasos. O impasse se tornou recorrente na política americana e costuma refletir a dificuldade de entendimento entre republicanos e democratas.

A indefinição repercutiu no mercado financeiro. Na última segunda-feira, 29, o dólar recuou 0,31%, cotado a R$ 5,32, em meio à cautela dos investidores. Analistas afirmam que uma paralisação prolongada pode aumentar a percepção de risco fiscal nos Estados Unidos e gerar efeitos negativos na economia internacional.

As negociações seguem sem avanço. O presidente Donald Trump descartou retomar conversas com a oposição e afirmou que não vê utilidade em novos encontros. Ele acusa os democratas de propor gastos bilionários que, segundo ele, ampliariam programas de saúde e políticas migratórias rejeitadas por seu partido. “Decidi que nenhuma reunião com seus líderes do Congresso poderia ser produtiva”, escreveu na Truth Social.

O discurso também foi endurecido pelo vice-presidente JD Vance. Após encontro com parlamentares da oposição, ele disse que a chance de paralisação aumentou porque os democratas “não estão dispostos a agir com responsabilidade”. Para os republicanos, a saída é aprovar apenas uma lei emergencial, que manteria o governo funcionando até novembro.

Do lado oposto, os líderes democratas defendem mais destinação de recursos para áreas sociais. O senador Chuck Schumer cobrou negociações sérias e afirmou que a prioridade deve ser atender às demandas da população. Já o deputado Hakeem Jeffries defendeu um acordo bipartidário que garanta investimentos em saúde, segurança e bem-estar econômico.

A Câmara dos Representantes também é palco de pressão. O presidente da Casa, Mike Johnson, afirmou à Fox News que Trump está aberto ao diálogo e deseja avançar “de boa-fé”. No entanto, ele não detalhou se haverá novas rodadas de negociação antes do prazo final.

Terra

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