Governo descarta risco à safra de trigo e promete benefícios a arrozeiros no rs

O governo não vê riscos à safra de trigo do Rio Grande do Sul, pelo menos por enquanto.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 17/05/2024 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

O governo não vê riscos à safra de trigo do Rio Grande do Sul, pelo menos por enquanto. Foi o que afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, na quarta-feira (15/5). Ao participar de evento do setor de supermercados em São Paulo, ele destacou que o plantio do cereal no Estado não está atrasado, podendo ser feito até julho.

“Alguns produtores perderam equipamentos, outros têm problemas de solo, mas não temos essa preocupação de ficarem áreas sem plantar trigo no momento. Acho que dá tempo de começar a reconstrução e o plantio”, afirmou, durante passagem pela APAS Show.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta que o Rio Grande do Sul deve plantar 1,34 milhão de hectares de trigo em 2024, queda de 10,6% em comparação com o ano passado. No entanto, prevêprodução 44,5% maior, de 4,18 milhões de toneladas.

“Em face dos altos índices pluviométricos que vêm ocorrendo no estado, o plantio da cultura deverá iniciar com um certo atraso nas regiões mais quentes do estado (Alto Uruguai e região das Missões), que também são as responsáveis pelo maior plantio da cultura”, destacou a Conab, nesta semana, ao divulgar o relatório de acompanhamento de safra de grãos referente a maio.

Arroz

Fávaro disse ainda que o Governo Federal prepara uma medida provisória conferindo “benefícios” aos produtores de arroz do Rio Grande do Sul. Ele não deu detalhes da medida, uma tentativa de tranquilizar os agricultores após a autorização para a Conab importar um milhão de toneladas do cereal.

“O Governo não seria insensível de criar uma concorrência e fazer baixar o preço do arroz para o produtor. Inclusive, queremos tranquilizar os produtores com relação a isso, porque teremos uma Medida Provisória muito em breve que dará benefícios aos produtores de arroz do Rio Grande do Sul”, disse.

Ainda segundo Fávaro, o Governo tem buscado agir com cautela. “Temporariamente temos o risco da especulação e do abastecimento, por isso vamos adotar medidas cautelosas”, disse.

Em relação à oferta nacional de arroz, o ministro destacou que o Rio Grande do Sul aumentou em 7% a sua área plantada nesta temporada e que, mesmo com as perdas provocadas pelas enchentes, colherá um volume 4% maior este ano.

“Nós sabemos que foi uma supersafra. O governo já vinha estimulando o aumento da área plantada e vamos continuar fazendo isso. Aguardem os produtores de arroz os estímulos que vamos oferecer para eles. Essa tragédia não vai mudar este rumo”, completou Fávaro.

Gabinete itinerante

O ministro disse ainda que a Pasta estuda criar um “gabinete itinerante” no Rio Grande do Sul para tratar da recuperação da agropecuária após as e enchentes que assolaram o Estado. O gabinete, explicaou, será instalado depois da conclusão das primairas medidas de socorro aos produtores rurais, como linhas de crédito.

“Algumas outras serão anunciadas em breve e aí sim eu pretendo transferir o gabinete do ministério da agricultura para o Rio Grande do Sul e que seja itinerante”, destacou.

Abitrigo

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