O setor de fertilizantes, reunido nesta semana na Exposibram, reafirmou a importância de se manter as recentes políticas públicas em favor de um equilíbrio entre a produção nacional e a importação.
Em nota, o diretor-executivo do Sindicato Nacional da Indústria de Matérias-Primas para Fertilizantes (Sinprifert), Bernardo Silva, criticou a política que, “nos últimos 25 anos”, incentivou a importação e levou à “deterioração da produção nacional”.
Ele lembra que hoje há 20 operações em 10 Estados brasileiros. Segundo o vice-presidente de Relações Públicas, Sustentabilidade, Estratégia e Desenvolvimento de Negócios da Mosaic Fertilizantes, Arthur Liacre, há potencial para crescer, uma vez que a produção nacional representa apenas 10% do que é consumido.
Silva, do Sinprifert, diz que a indústria de fertilizantes é estratégica para o mundo, não só por segurança alimentar, mas por segurança nacional. “Os fertilizantes, apesar de serem commodities globais, têm a exploração concentrada em reserva mineral e não são todos os países que têm esse privilégio. O Brasil tem bastante recurso para isso e precisamos explorá-lo para ter soberania nacional, já que os fertilizantes têm sido usados nestas disputas geopolíticas”, afirmou.