O Estado de Goiás deve colher 72,7 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2023/2024, alta de 2,3% em relação ao volume alcançado na safra anterior e representa 11,4% da produção total brasileira. As informações foram divulgadas na edição de maio do Agro em Dados da Seapa (Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento).
A safra 2022/23 de cana-de-açúcar encerrou com estimativa de redução da área cultivada no Estado de Goiás em 0,8%, com 956,8 mil hectares. Contudo, a projeção apontou leve crescimento da produção goiana, puxado sobretudo pelo aumento da produtividade de 1,4%, atingindo 74,2 t/ha – que só não foi melhor em razão de adversidades climáticas ocorridas em algumas regiões produtoras do Estado, que até a safra 2022/23 era o segundo maior produtor de cana, representando 11,6% do total produzido no Brasil.
A produção estimada de açúcar e etanol em Goiás também foi afetada por problemas climáticos, o que reduziu a oferta de matéria-prima nas unidades de processamento, contribuindo, assim, para a manutenção de preços firmes no mercado. Foram produzidos 2,1 milhões de toneladas de açúcar, recuo de 1,4% e 4,6 bilhões de litros de etanol a partir da cana, recuo também de 1,4% em relação a safra anterior.
Para a safra que se inicia, 2023/24, a Conab estima recuo de área ainda maior que o observado no levantamento anterior, de 2,1%, porém, com projeção de resultados melhores em produção e produtividade, com rendimento médio de 77,6 t/ha.
No mercado internacional, as vendas externas de açúcar e etanol têm sido impulsionadas pelo câmbio favorável e aumento da demanda, especialmente do Marrocos, Arábia Saudita (açúcar) e da Holanda (etanol).