Doença da vaca louca: governo de MG descarta caso em humano

Amostras de sangue do paciente foram colhidas e encaminhadas à análise.

Tempo de leitura: 3 minutos

| Publicado em 12/11/2024 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou na tarde desta terça-feira (12) que o homem de 78 anos internado em Caratinga não foi acometido pela variante da Doença de Creutzfeldt–Jakob (vDCJ), associada ao consumo de carne e subprodutos de bovinos contaminados com Encefalite Espongiforme Bovina (EEB) e conhecida popularmente como ‘doença da vaca louca’.

Conforme o órgão, a enfermidade acomete principalmente pessoas jovens, abaixo dos 30 anos, o que não é o caso do paciente em questão. O caso noticiado trata-se de provável Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) na forma esporádica, ou seja, não é transmissível. A maioria dos casos de DCJ acontece pela forma esporádica (85%) e afetam, geralmente, pessoas entre 55 e 70 anos, sendo mais prevalente em mulheres”, diz o comunicado enviado à Globo Rural.

Também por meio de nota, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) afirmou que não há suspeita ou investigação da ocorrência de Encefalite Espongiforme Bovina em Minas Gerais e que o Brasil nunca registrou casos clássicos da doença.

De acordo com Ministério da Saúde, a Doença de Creutzfeldt-Jakob é neurodegenerativa e “caracterizada por provocar uma desordem cerebral com perda de memória e tremores”. Por ser de rápida evolução e de forma inevitável, leva à morte.

As principais formas clínicas da doença são:

●Esporádica: afeta geralmente pessoas entre 55 a 70 anos e, principalmente, mulheres. Considerando que o risco de desenvolver a doença aumenta com a idade, em pessoas com mais de 50 anos a taxa anual é de 3,4 casos por milhão;

●Hereditária: é decorrente de uma mutação no gene que codifica a produção da proteína priônica;

●Iatrogênica: acontece como consequência de procedimentos cirúrgicos ou por meio do uso de instrumentos neurocirúrgicos ou eletrodos intracerebrais contaminados;

●Variante: associada ao consumo de carne e subprodutos de bovinos contaminados com Encefalite Espongiforme Bovina e acomete, predominantemente, pessoas jovens.

CONFIRA O COMUNICADO COMPLETO:

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informa que não há confirmação de caso da Doença da Vaca Louca no estado.

O caso noticiado no município de Caratinga trata-se de provável Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) na forma esporádica, ou seja, não é transmissível.

A maioria dos casos de DCJ acontece pela forma esporádica (85%). Afeta geralmente pessoas entre 55 a 70 anos (média de 65 anos) e é discretamente mais prevalente em mulheres. O caso do município de Caratinga trata-se de paciente idoso, de 78 anos, do sexo masculino, com alterações neurológicas.

A identificação da proteína 14-3-3 no líquor tem um alto grau de especificidade e sensibilidade para o diagnóstico das formas de DCJ. No entanto, a confirmação definitiva só é possível por meio de exame neuropatológico, que só pode ser realizado em caso de óbito do paciente.

A suspeita do caso investigado não está relacionada a variante da Doença de Creutzfeldt–Jakob (vDCJ), que está associada ao consumo de carne e subprodutos de bovinos contaminados com Encefalite Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como Doença da Vaca Louca. Essa doença acomete predominantemente pessoas jovens, abaixo dos 30 anos, o que não é o caso do paciente em questão.

A SES-MG permanece acompanhando o caso, por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs Minas) e da Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano.

Já o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgão responsável pela sanidade dos animais de produção do estado, afirma que não há qualquer suspeita ou investigação da ocorrência de EEB no estado de Minas Gerais, e que o Brasil nunca registrou casos clássicos da EEB, por isso, o risco de contaminação dessa doença é classificado como insignificante pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

A possibilidade da ocorrência dessa enfermidade em animais e, consequentemente em seres humanos, é mínima devido à situação epidemiológica do estado e às medidas de prevenção adotadas pelo IMA.

Essas medidas obedecem a legislação nacional, de acordo com as exigências internacionais da OMSA.

Globo Rural

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