O mercado físico do boi gordo permanece com firmeza nas cotações, mesmo em um cenário de abates em níveis elevados, sustentado pela demanda aquecida. “Apesar de os frigoríficos manterem a pressão para a redução dos preços, o pecuarista se beneficia com o bom consumo no mercado interno e a boa toada das exportações”, disse a Agrifatto em nota.
Com base em dados do governo federal, a consultoria ressaltou que as vendas externas de carne bovina começaram o mês a todo vapor.
Nos primeiros sete dias úteis de agosto, a exportação da proteína in natura atingiu 71,37 mil toneladas, com média diária de 10,20 mil toneladas, 41,27% superior ao volume observado no final de julho e 26,6% acima da média diária de julho de 2023.
O preço médio da carne exportada se recuperou levemente e registrou um incremento de 0,23% no comparativo semanal, cotado a US$ 4,42 mil por tonelada. Na variação anual, no entanto, houve queda de 2%. Com isso, a receita total obtida com as exportações até agora foi de US$ 315,59 milhões.
O consumo interno, sazonalmente, é mais elevado durante a primeira quinzena do mês, ajudando a impedir que o preço do boi gordo recue.
“Preços firmes apesar da escala de abate confortável. Contudo, essas escalas estão atendendo a menos dias, entre cinco e oito dias”, pontuou a Scot Consultoria.
Em Barretos (SP) e Araçatuba (SP), considerados referências para o Estado de São Paulo pela Scot, o preço bruto do boi gordo permaneceu estável na terça-feira (13/8), na variação diária, em R$ 230 por arroba a prazo. Das 32 regiões pecuárias mensuradas pela consultoria, somente quatro marcaram alta nas cotações, e todas as demais ficaram sem movimentação.