Os custos de produção de suínos e de frangos de corte diminuíram no mês de março segundo os estudos da Central de Inteligência de Aves e Suínos (CIAS) da Embrapa Suínos e Aves.
O ICPSuíno diminuiu 3,85% no mês de março em relação a fevereiro, fechando em 392,20 pontos. Já o ICPFrango caiu 3,27%, encerrando o mesmo período em 409,78 pontos.
No caso do ICPSuíno, a maior influência foi a redução no item nutrição, com -5,05% de variação e um peso de 77,51% na composição do custo total. No ano, o ICPSuíno acumulado é de -15,09% e, nos últimos 12 meses, de -13,24%.
O analista da Embrapa Suínos e Aves, Ari Jarbas Sandi, destaca que a mudança do coeficiente técnico no cálculo do ICPSuíno impacta nos preços.
“Antes a conversão alimentar de cada suíno era de 2.810kg, agora está em 2.460kg. Isso tudo impacta na produção com a alimentação, diminuindo o custo”.
Com isto, o custo total de produção por quilo de suíno vivo produzido em sistema tipo ciclo completo em Santa Catarina em março chegou a R$ 6,86, uma queda de R$ 0,27 por quilo vivo em relação a fevereiro.
Custos: frango
Já o ICPFrango apresentou queda na maioria dos itens de composição dos custos, incluindo o grupo energia elétrica/cama/calefação (-15,82%) e nutrição (-4%). O custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná produzido em aviário tipo climatizado em pressão positiva em março foi de R$ 5,30, o que representa R$ 0,17 a menos que em comparação a fevereiro. No ano, o ICPFrango acumula -4,37% e, nos últimos 12 meses, uma variação de -8,17%.
As principais mudanças nos coeficientes técnicos para frangos de corte foram a redução da conversão alimentar de 1,8 kg para 1,7 kg de ração por kg vivo (-6%) e o aumento do peso final de 2,6 kg para 2,9 kg vivo (+10%).
De acordo com o analista o custo dos insumos tiveram uma boa redução em relação ao último mês.
“Houve uma queda quase que geral em todos os preços neste mês. A tendência é que os custos de produção caiam ainda mais, mantendo uma maior rentabilidade da cadeia produtiva”, destaca.
Já para suínos, as principais mudanças foram a redução da conversão alimentar de rebanho de 2,8 kg para 2,5 kg de ração por kg vivo (-12%), o aumento do peso final de 110 kg para 125 kg vivo (+14%) e o aumento na produtividade das matrizes de 25,1 leitões para 28,6 leitões desmamados por fêmea a cada ano (+13%).