Contratos agrícolas operam em baixa em Nova York

Ajustes técnicos e clima influenciam principalmente preço do café e do cacau.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 08/11/2024 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

As chuvas que atingem em especial a divisa de São Paulo e Minas Gerais, região cafeeira da Alta Mogiana, são um dos fatores que pesam sobre o preço do café arábica na bolsa de Nova York nesta manhã, já que a umidade era esperada por cafeicultores para que o pegamento do grão desse certo. No entanto, ainda há dúvidas sobre o volume da próxima safra 2025/26.

Em contrapartida, um fator climático que suporta o preço é o tufão que passa por regiões de café robusta do Vietnã desde ontem, atrapalhando os trabalhos de campo. Sem números sobre prejuízos ainda, o fenômeno faz o robusta em Londres se manter firme e leva o arábica para o mesmo campo positivo.

Outra força que opera sobre o grão das duas espécies e nas duas bolsas são os estoques mundiais, que seguem em queda no ICE Europe. Isso associado ao dólar fez agentes de mercado realizarem lucros e compradores no mercado brasileiro subirem forte suas ofertas para todo tipo de padrão de café, disse o especialista Eduardo Carvalhaes, do escritório Carvalhaes. Agora, os papéis de café arábica mais negociados caem 2%, a US$ 2,45 a libra-peso.

Nas negociações do cacau com vencimento para março de 2025, a consultoria Trading Economics aponta uma redução nas cotações devido, em parte, à força do dólar após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA.

Os comerciantes também consideraram a melhoria das perspectivas para a oferta global, à medida que o ritmo de colheita acelerou no maior produtor mundial, a Costa do Marfim. “Os dados mais recentes mostraram que os agricultores da Costa do Marfim enviaram 365.072 toneladas de cacau para os portos de 1 de outubro a 3 de novembro, um aumento de 26% em relação às 288.686 toneladas enviadas no mesmo período do ano passado”, informou a consultoria no boletim matinal.

Além disso, os papéis da amêndoa passam por uma correção depois de subirem mais de 7% na véspera e caem 3,5%, a US$ 6.965 a tonelada.

A mesma consultoria explica nesta manhã que os lotes do açúcar demerara com vencimento para março abrem em queda à medida que as chuvas chegam às regiões produtoras do Brasil.

De acordo com a Unica, a produção de açúcar na região Centro-Sul aumentou 8% ano a ano, para 2,443 milhões de toneladas na primeira quinzena de outubro, enquanto a produção acumulada para a temporada 2024/25 aumentou 1,9%, para 35,591 milhões de toneladas. Os lotes do adoçante valem agora 21,63 centavos de dólar a libra-peso, com baixa de 1,8%

Para o algodão, a manhã é de queda, já que a pluma continua pressionada pela demanda global. A cotação agora é de 71,62 centavos de dólar, baixa de 0,52%.


Globo Rural

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