A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou, nos últimos dias, uma série de encontros para levantar os custos de produção de cana-de-açúcar em São Paulo, dentro do Projeto Campo Futuro.
Os encontros ocorreram tanto de forma presencial quanto híbrida, com a participação do Cepea (Esalq), Pecege, federações de agricultura e sindicatos rurais e produtores rurais.
De segunda (22) a quinta (25), os painéis foram feitos em São Paulo, nos municípios de Penápolis, Bebedouro, Pirassununga e Barretos.
Em Penápolis, foi usada como referência uma propriedade modal de 150 hectares, com plantio 100% manual e produtividade de cerca de 75 toneladas por hectare. Os produtores da região têm feito uso de insumos biológicos.
Em Bebedouro, onde a maioria das propriedades também são de aproximadamente 150 hectares, a produtividade média é de 80 t/ha e os produtores têm utilizado produtos biológicos há pelo menos 3 anos.
Já em Pirassununga, a propriedade modal é menor, com 50 hectares, e produtividade de 75 t/ha. O plantio nesse sistema produtivo também é totalmente manual. Produtores dessa região tem utilizado cama de frango como forma de suplementação da adubação.
Por fim, em Barretos, representada por uma propriedade de 100 hectares, a produtividade cresceu na atual safra, alcançando, em média, 80 t/ha. Os bioinsumos também são bastante utilizados pelos produtores, que estão muito satisfeitos com os resultados, inclusive realizando a produção on farm.
“De modo geral, com exceção de Bebedouro, onde o primeiro painel de cana foi realizado nesse ano, os custos de produção nas outras regiões caíram em relação aos últimos levantamentos, de modo que as margens dos produtores melhoraram”, destacou a assessora técnica Eduarda Lee.