Clima e safra de café do Brasil podem levar preço do grão a novas quedas em NY

Momento de oferta é favorável para a safra deste ano e também do próximo ciclo.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 27/06/2025 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

Após uma sequência de quedas na bolsa de Nova York, que levaram os valores a mínimas de cinco meses, o preço do café avançou na sessão desta quinta-feira (26/6). Os contratos do arábica para setembro fecharam em alta de 0,38%, a US$ 3,0565 a libra-peso.

Para Cesar Castro Alves, gerente da Consultoria Agro do Itaú BBA, neste momento, o mercado do café não encontra fundamentos que ajudem a sustentar uma alta nos preços.

“Temos até agora um inverno razoavelmente tranquilo para as lavouras, já que o frio não provocou geadas em áreas produtoras do Brasil. Além disso, com os produtores capitalizados, não há pressa para vender a safra que está sendo colhida. Com esses elementos, o mercado fica sujeito a correções”, pontua Alves.

Ainda na avaliação dele, o café negociado em Nova York está buscando um novo ponto de equilíbrio quando o assunto é preço futuro. “O valor de US$ 4 deixou o mercado fora do eixo”.

E enquanto o valor do café ainda tenta encontrar seu equilíbrio na bolsa, a perspectiva é para novas quedas nos contratos futuros, como projeta o analista.

“Com a colheita avançando bem e a ausência de riscos climáticos, que estão alimentando as perspectivas para a safra do ano que vem, os preços em Nova York perderam um suporte que vinha se mantendo há 200 dias. Olhando para isso, os fundos estão reduzindo as posições compradas no café, então há espaço para o preço cair mais”.

Cacau

O cacau segue com preços voláteis na bolsa de Nova York e hoje registrou forte alta. Os contratos para setembro avançaram 3,97%, para US$ 9.041 a tonelada.

Análise publicada no site Mercado do Cacau destaca o recuo do dólar no mercado internacional, que caminha para encerrar o primeiro semestre de 2025 com seu pior desempenho desde 1973. O dólar mais barato tende a estimular o apetite por ativos de risco, como é o cacau.

Além do cenário macro, a amêndoa deverá seguir impactada pelas informações divergentes sobre a produção nos principais países produtores da África Ocidental.

“Notícias desencontradas sobre o clima e as condições das lavouras na Costa do Marfim e em Gana têm mantido os investidores cautelosos, resultando em movimentos erráticos nos preços futuros”, diz análise do site Mercado do Cacau.

Suco de laranja

Investidores embolsaram lucros nas negociações do suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês). Após elevação de 2% na véspera, os papéis para setembro cederam 2,17%, para um valor de US$ 2,3425 a libra-peso.

Açúcar

No mercado do açúcar, os contratos do demerara para outubro fecharam em queda de 1,14%, cotados a 16,42 centavos de dólar por libra-peso.

Algodão

Nas negociações do algodão em Nova York, os futuros com vencimento em dezembro registraram alta de 0,70%, cotados a 68,80 centavos de dólar a libra-peso.

Globo Rural

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