Chefes de finanças do G7 avançam com plano de teto de preço ao petróleo da Rússia

Os ministros do grupo das democracias industriais ricas devem se reunir virtualmente e emitir um comunicado que apresenta seus planos de implementação.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 02/09/2022 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de Mercado

Os ministros das Finanças do Grupo dos Sete (G7) devem firmar planos nesta sexta-feira para impor um teto de preço ao petróleo russo com o objetivo de reduzir as receitas da guerra de Moscou na Ucrânia, mas manter os fluxos do produto para evitar picos de preços, disseram autoridades do G7.

Os ministros do grupo das democracias industriais ricas devem se reunir virtualmente e emitir um comunicado que apresenta seus planos de implementação.

“É provável que haja um acordo”, disse uma autoridade europeia do G7, acrescentando que não está claro quantos detalhes serão revelados, como o nível do teto de preço por barril, acima do qual os países em conformidade recusariam seguro e financiamento ao petróleo russo e cargas de derivados de petróleo.

Apesar da queda nos volumes de exportação de petróleo da Rússia, a receita do país com exportação de petróleo aumentou 700 milhões de dólares em junho em relação a maio devido aos preços elevados pela guerra na Ucrânia, disse a Agência Internacional de Energia no mês passado.

Líderes ocidentais concordaram em junho em explorar um limite para restringir quanto as refinarias e traders podem pagar pelo petróleo russo –uma medida que Moscou diz que não cumprirá e pode desafiar redirecionando petróleo para estados que não acatem o teto de preço.

A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, se recusou a comentar os planos do G7 para o teto de preço, dizendo que não queria “se antecipar a essa reunião”.

APOIO MAIS AMPLO

O G7 é formado por Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos. Algumas autoridades do bloco disseram que o limite precisa de um apoio mais amplo e questionaram se pode ser bem-sucedido sem a participação dos principais consumidores de petróleo China e Índia, que provavelmente não aprovarão o plano.

Mas outras autoridades do G7 disseram que a China e a Índia manifestaram interesse em comprar petróleo russo a um preço ainda mais baixo, de acordo com o teto.

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