Café registra alta de quase 4% em Nova York

Cacau, açúcar e algodão também abrem valorizados na bolsa norte-americana com influência do pós-eleições nos EUA.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 07/11/2024 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

Os contratos futuros das commodities agrícolas seguem pressionados pelos resultados mapeados das eleições dos Estados Unidos, com vitória de Donald Trump. As dúvidas sobre a movimentação econômica diante do resultado, deixa agentes de mercado atentos a qualquer novo fato político, além da influência do dólar nas precificações.

O café arábicade vencimento para março de 2025, por exemplo, sobe 3,41%, abrindo a US$ 2,5670 a libra-peso, rompendo depois de dias a faixa dos US$ 2,50, pressionados principalmente por um dólar mais forte após a vitória republicana.

“Enquanto isso, os traders ficaram de olho nas condições climáticas do Brasil. Embora as chuvas de outubro tenham encorajado uma ampla floração nas regiões cafeeiras, o tamanho da colheita de 2025 permanece incerto”, avaliou o boletim diário da Trading Economics.

Segundo a maior cooperativa de café da América Latina, a Cooxupé, uma boa colheita no próximo ano será fundamental para “equilibrar a oferta global de café, após resultados inferiores ao esperado em outros grandes produtores nas últimas duas temporadas”.

Cacau, açúcar e algodão

Nos negócios do cacau, também com vencimento para março, a alta registrada no início do pregão desta quinta-feira (7/11) é de 1,66%, a US$ 6.781 a tonelada, recuperando preço depois de uma forte queda, de quase 4%, na véspera. O ajuste técnico eleva a movimentação dos contratos nesta manhã, com mais de 47 mil em aberto.

O açúcar e algodão também sobem 1,09% e 1,12%, respectivamente. No caso do demerara, o ajuste técnico mascara dados mais positivos para a safra brasileira, que pesariam sobre uma tendência baixista de preços. O preço no momento é de 22,27 centavos de dólar por libra-peso.

De acordo com a Unica, a produção de açúcar na região aumentou 8% ano a ano, para 2,44 milhões de toneladas na primeira quinzena de outubro, enquanto a produção acumulada para a temporada 2024/25 aumentou 1,9%, para 35,591 milhões de toneladas.

“Além disso, as chuvas esperadas esta semana na região poderão aliviar as preocupações com a seca, o que poderá pressionar ainda mais os preços. Entretanto, os moinhos brasileiros enfatizam a necessidade de preços elevados e sustentados do açúcar para apoiar os investimentos em novas instalações de produção”, descreve a Trading Economics.

Para apluma, a cotação fica em 70,47 centavos de dólar por libra-peso. Segundo a consultoria norte-americana, a pressão resultou da contínua fraca procura pela fibra natural, exacerbada pela incerteza global relativamente ao resultado das eleições presidenciais dos EUA.

Do lado da oferta, o Serviço Nacional de Estatísticas Agrícolas (NASS) informou que a colheita de algodão dos EUA atingiu 63% de conclusão em 3 de novembro, 9% acima da média de cinco anos.

Globo Rural

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