Menos de uma semana do recorde histórico registrado na bolsa de Nova York, o preço do café arábica deu sinais de que esgotou sua força de alta, ao menos momentaneamente. Nesta segunda-feira (2/12), os lotes do arábica para março fecharam o pregão em forte queda, de 6,92%, negociados a US$ 2,9605 a libra-peso.
De acordo com Renata Eller, da Eller Trading de Café, nenhum elemento novo surgiu no mercado para justificar o forte recuo do grão, que caiu devido à movimentação dos especuladores.
“Muitos acreditam que os fundos saíram de suas posições compradas na bolsa, já que tivemos um valor histórico recentemente. A queda diária foi uma das maiores já vistas também”, observa a analista.
Para ela, a alta do café foi algo desproporcional. Apenas em novembro, os preços futuros subiram mais de 10%, segundo o Valor Data.
“Todo mundo ficou assustado com essas oscilações no café. Há muitas empresas na berlinda, mas o recuo traz o mercado para um pouco mais próximo da realidade. O patamar muito elevado de preço é ruim para a cadeia, já que traz muita insegurança”, acrescenta.
Cacau
O preço do cacau registrou queda na bolsa de Nova York, após uma alta de quase 4% na última sessão. Os contratos para março recuaram 0,24%, para US$ 9.402 a tonelada.
A tendência de curto prazo permanece de alta para a amêndoa na bolsa, enquanto persistirem as preocupações com o clima chuvoso no oeste africano, que responde por cerca de 70% da oferta de cacau no mundo.
Açúcar
O açúcar fechou a sessão em Nova York com preços praticamente estáveis. Os lotes do demerara para março recuaram 0,05%, para 21,07 centavos de dólar por libra-peso.
Algodão
O algodão foi outra commoditie que ficou praticamente no zero a zero. Os lotes da pluma para março fecharam em queda de 0,61%, a 71,49 centavos de dólar por libra-peso.
Suco de laranja
Apenas o suco de laranja registrou preços no campo positivo entre as agrícolas negociadas na bolsa de Nova York nesta segunda. Os contratos para janeiro fecharam em alta de 1,99%, para US$ 5,1070 a libra-peso.