Café e cacau sobem na bolsa de Nova York

Já cotação do açúcar recuou, pautada pela forte queda do petróleo nesta segunda-feira.

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 29/10/2024 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

As cotações do café novamente subiram na bolsa de Nova York após a alta registrada na última sessão. Nesta segunda-feira (28/10), os contratos que vencem em dezembro fecharam em alta de 1,59%, para US$ 2,5235 a libra-peso.

O mercado do café passa por um momento de forte volatilidade, e notícias sobre problemas pontuais já são fatores para algumas oscilações de preço. O site Barchart destaca que os futuros do arábica reagiram após um volume aquém do ideal para as chuvas em áreas produtoras de Minas Gerais.

O periódico acrescenta que o registro de tempestades em cafezais do Vietnã, que pode prejudicar a colheita no país, deram impulso aos preços do arábica e do robusta, este último negociado na bolsa de Londres. No mercado londrino o robusta subiu mais de 2% nesta segunda.

Sem um rumo certo para os preços, a tendência de volatilidade deve persistir nas negociações em Nova York. “Estoques baixos, tanto nos países consumidores como nos produtores, consumo em alta e problemas climáticos seguidos, derrubando a produção global de café, trazem dúvidas e incertezas aos operadores, levando ao desconcertante sobe e desce das cotações”, avalia, em relatório, Eduardo Carvalhaes, analista especializado no mercado de café.

Cacau

Nas negociações do cacau na bolsa de Nova York, os contratos futuros para março do ano que vem, os mais líquidos na sessão, avançaram 2,17%, cotados a US$ 6.917 a tonelada. No mercado da amêndoa, investidores ajustam posições, após a sequência de baixas da última semana.

Açúcar

A forte queda do petróleo nesta segunda, de mais de 6%, favoreceu o recuo do açúcar na bolsa. Assim, os lotes com entrega para março de 2025 fecharam a sessão em baixa de 0,81%, para 21,96 centavos de dólar por libra-peso.

Com o petróleo em baixa, a competitividade do etanol em relação aos derivados fósseis diminui, o que pode levar as usinas brasileiras a frearem a produção do biocombustível, aumentando, assim, a oferta de açúcar.

Suco de laranja e algodão

O suco de laranja recuou na bolsa de Nova York. Os lotes do produto concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) para janeiro do ano que vem, os mais negociados, caíram 0,58%, para US$ 4,9145 a libra-peso.

Já nos negócios do algodão na bolsa americana, os papéis para dezembro fecharam em queda de 0,42%, para 70,36 centavos de dólar por libra-peso.

Globo Rural

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