Brasil se prepara para alcançar topo do mercado de algodão

Movimento se dará por meio de ações de sustentabilidade, tecnologia e qualidade, afirma entidade

Tempo de leitura: 2 minutos

| Publicado em 10/01/2023 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), por meio do Projeto Setorial Cotton Brazil, realizaram diversas ações nos últimos anos que ajudaram a desenvolver novos mercados e reforçaram a imagem de um algodão responsável no comércio exterior.

Segundo dados da Abrapa, o Brasil ocupa a segunda posição do ranking das exportações, fornecendo 20% de todo o algodão exportado no mundo. É o sétimo maior setor de saída do agronegócio brasileiro em termos de valor: foram cerca de 1,68 mil toneladas de pluma exportadas no ano comercial de 2021/22, gerando uma receita de US$ 3,2 bilhões.

Além disso, o mercado asiático importa 99% da produção brasileira, com China (27%), Vietnã (16%), Turquia (13%) e Bangladesh (12%) sendo os principais destinos, seguidos do Paquistão, Indonésia, Malásia, Coreia do Sul, Índia e Tailândia.

Investimento em pesquisa de ponta não falta para tornar a cotonicultura brasileira a melhor do mundo. “Através de pesquisa, tecnologia, genética, manejo de campo e equipamentos de verificação laboratoriais precisos, a cada ano temos melhorado a nossa qualidade. Hoje podemos dizer que somos compatíveis com os melhores algodões do mundo, com produção em larga escala”, explica o diretor de relações internacionais da Abrapa, Marcelo Duarte.

Cotton Brazil

Junto com a Abrapa, a ApexBrasil executa o Cotton Brazil, programa que promove o algodão brasileiro internacionalmente e apoia as produtoras algodoeiras a alcançarem mercados estrangeiros. Dados da Agência apontam que as exportações do setor alcançaram US$ 3,4 milhões até novembro de 2022, um crescimento de 15% ao mesmo período do ano passado. Mais de 70% desse valor de exportação foi de empresas apoiadas pelo Projeto.

Para fortalecer o relacionamento com o mercado prioritário, o projeto ganhou um escritório de representação em Singapura, coordenado por Duarte. Já foram executadas ações de networking, parcerias institucionais, convênios comerciais entre o Brasil e países deste mercado, tais como China e Índia, eventos híbridos e missões comerciais.

Somente em 2022, foram realizadas três missões prospectivas de produtores aos países importadores e uma missão de visita de compradores a fazendas, laboratórios e algodoeiras brasileiras. A analista da gerência de agronegócio da ApexBrasil, Rafaela Albuquerque, destaca que a instalação do escritório do Projeto in loco foi fundamental para o estreitamento das relações comerciais com os países asiáticos e para o fortalecimento da imagem internacional do setor.

Para o diretor da Abrapa, “não seria possível ter um projeto tão robusto e tão abrangente sem a participação da agência”. Esta parceria chancelou o reconhecimento do produto perante representantes no exterior e clientes estrangeiros.

“Até duas décadas atrás, o Brasil era o principal importador de algodão, mas com o investimento em inovação e otimização da produtividade, aliado a uma robusta estratégia de promoção internacional, o Brasil caminha para a liderança nas exportações do setor”, frisa Rafaela.

Segundo a analista, o Brasil ganhou uma escala significativa de produção com a rotatividade de safras, viabilizando uma cultura que atende aos mais altos padrões de sustentabilidade demandados de forma crescente pelo mercado mundial.

Canal Rural

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