Brasil não testa vacas para gripe aviária apesar de casos de laticínios nos EUA

A gripe aviária levou ao abate de centenas de milhões de aves ao redor do mundo nos últimos anos e afetou um grande número de mamíferos.

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| Publicado em 28/05/2025 por:

Engenheira Agrônoma | Analista de mercado

PARIS (Reuters) – O Brasil ainda não testou vacas para gripe aviária, apesar de centenas de casos no rebanho leiteiro dos EUA, porque está se concentrando em surtos em aves após o primeiro caso confirmado em uma fazenda neste mês, disse o veterinário-chefe do país na terça-feira.

O Brasil, maior exportador de frango do mundo, confirmou seu primeiro surto de gripe aviária altamente patogênica, comumente chamada de gripe aviária, em uma granja avícola no início deste mês, o que levou à proibição de vários grandes importadores.

A gripe aviária levou ao abate de centenas de milhões de aves ao redor do mundo nos últimos anos e afetou um grande número de mamíferos, incluindo mais de mil vacas leiteiras nos Estados Unidos, levantando preocupações de que ela poderia sofrer mutação para uma forma transmissível entre humanos.

“No momento, estamos cuidando da indústria avícola”, disse o diretor veterinário do Brasil, Marcelo Mota, à Reuters, durante a sessão geral da Organização Mundial de Saúde Animal, em Paris.

A indústria pecuária não é muito grande na região e o Brasil cria principalmente vacas para corte, não para produção de leite, que se mostraram mais vulneráveis ​​ao vírus, disse Mota.

“O manejo do rebanho é diferente e por isso também faz parte das nossas decisões neste momento não considerar a situação como prioridade”, disse Mota.

“Não queremos levantar preocupações onde não temos problemas”, acrescentou.

A forte biossegurança nas últimas duas décadas e a concentração ao longo da cadeia de produção foram os principais motivos pelos quais o Brasil não relatou nenhum surto de gripe aviária em uma fazenda antes, disse ele.

“Nós percebemos que esse é um desafio para a vida toda”, disse ele.

Reuters

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