Nesta segunda-feira, 30 de janeiro, o volume de negócios no mercado físico do boi gordo obedeceu a típica característica de início da semana, com baixa liquidez e ausência de grandes novidades com relação aos preços da arroba.
Segundo a consultoria, os pecuaristas também adotaram uma postura cautelosa, de olho em resultados das vendas externas e nas expectativas em relação ao possível aumento no consumo interno da carne bovina.
Neste contexto, ressalta a S&P Global, o fluxo comercialização de animais prontos para abate praticamente não avançou.
De acordo com a consultoria, as unidades de abate de médio porte optaram por sinalizar preços da arroba mais altos em Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Por sua vez, na região Norte do Brasil, muitas unidades de abate locais dispõem de escalas longas e sinalizaram valores abaixo das máximas vigentes no balcão.
Em Rondônia e no Pará, as escalas de abate atendem, em média, 8 dias e no Tocantins, entre 6 e 7 dias, segundo a S&P Global.
Mercado chinês – De acordo com dados apurados nesta segunda-feira pela Scot Consultoria, a cotação do “boi-China” (abatido mais cedo, com até 30 meses de idade) subiu no mercado de São Paulo.
A alta, diz a Scot, é atribuída ao fim do feriado do Ano-Novo Chinês e, consequentemente, à expectativa da volta às compras pelos importadores. Com isso, a cotação do animal enviado à China subiu R$ 5/@ no mercado paulista, para R$ 285/@ (preço bruto e a prazo).
Por sua vez, acrescenta a Scot, no mercado paulista o boi gordo “comum” está cotado em R$ 270/@, enquanto a vaca e a novilhas gordas seguem negociadas por R$ 259/@ e R$ 265/@, respectivamente (preços brutos e a prazo).
No mercado atacadista, o volume de negócios de cortes bovinos também avança de forma lenta, com distribuidores e varejistas calculando estoques antes de retornar às compras.
Apesar da lentidão, os preços dos principais cortes bovinos continuaram estáveis nesta segunda-feira.
As expectativas agora se voltam à recuperação da demanda agregada a partir de fevereiro, com retorno das aulas escolares, fim do período de férias e perspectivas com relação ao crescimento das exportações.